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Mercado Livre é investigado por comércio ilegal de mercúrio líquido para garimpeiros na Amazônia

Venda dessa substância é controlada no país, mas há uma série de anúncios do produto disponíveis na plataforma de venda on-line

O Liberal
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A Procuradoria da República no Amazonas iniciou um inquérito para apurar a comercialização irregular de mercúrio líquido destinado a garimpeiros de ouro na região amazônica por meio do site Mercado Livre.

Embora a venda dessa substância seja controlada no país, uma pesquisa no Google revela uma série de anúncios do produto disponíveis na plataforma do Mercado Livre. No entanto, ao acessar diretamente o site, os anúncios relacionados ao mercúrio direcionam para produtos que contêm a substância, como termômetros.

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A empresa, em nota, informou que os anúncios foram bloqueados, destacando seu compromisso em coibir a venda de produtos proibidos. O procurador no Amazonas ressalta que não há produção local do mercúrio, e a importação por usuários em atividades extrativistas só é permitida mediante registro no Cadastro Técnico Federal, informando as operações de compra, venda, produção e importação.

O procurador menciona um estudo de 2019 da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fiocruz, que constatou a presença de mercúrio em 56% das mulheres e crianças ianomâmis da região de Maturacá (AM). Outra pesquisa, em parceria com a Universidade Federal Oeste do Pará, detectou níveis de mercúrio 21% acima do aceitável em peixes consumidos em seis estados amazônicos, com índices de contaminação chegando a 50% em alguns municípios do Amazonas.

Os estudos evidenciaram a relação entre a contaminação e o garimpo de ouro na região.

O Mercado Livre informa que não foi formalmente intimado pelo MPF até o momento, mas permanece à disposição para esclarecimentos sobre suas medidas de combate à venda de produtos proibidos, "O Mercado Livre trabalha de forma incansável para combater o mau uso da sua plataforma, a partir da adoção de tecnologia e de equipes que também realizam buscas manuais. Além disso, atua rapidamente diante de denúncias, que podem ser feitas por qualquer usuário, por meio do botão "denunciar" presente em todos os anúncios, ou por empresas que integram o seu programa de proteção à propriedade intelectual", diz em nota.

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