Major Marcony promete tornar o Pará na ‘locomotiva do país’
Logística, mineração e segurança pública estiveram na pauta da entrevista
O candidato ao Governo do Estado pelo partido Solidariedade, Major Marcony, participou na tarde de ontem (16) da rodada de entrevistas promovidas pelo Grupo Liberal com os concorrentes a cargos do Executivo estadual e ao Senado Federal. Entre os tema de destaque em suas propostas, o candidato abordou ideias para a economia e o incremento à infraestrutura. “É um projeto de transformação desse estado para que ele seja verdadeiramente a grande locomotiva desse país”, declarou.
Entre os pontos elencados estão propostas para incentivo à verticalização e à intermodalidade, ou seja, a maior conectividade entre as estruturas de rodovias, ferrovias e hidrovias para que sejam eixos facilitadores para o escoamento da produção. Nesse sentido, o Major Marcony prometeu implementar o projeto “Pontes pelo Pará”, que visa interligar o município de Abaetetuba ao Arquipélago do Marajó.
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Durante a entrevista comandada pelo Diretor Executivo de Conteúdo do Grupo Liberal, Daniel Nardin; e pelos jornalistas Abner Luiz e Mariana Azevedo, o candidato esclareceu que o projeto prevê dois trechos de pontes, um de 9 quilômetros e outro menor, de 3 quilômetros. “Ligaríamos por Abaetetuba até Ponta de Pedras e dali nós iríamos chegar até Afuá, Chaves. Poderíamos extrair toda a produção que o Marajó tem. Nós daríamos incentivo aos pequenos, médios e grandes produtores do Marajó”, afirmou ele que vê essa medida como estratégia para o desenvolvimento da região. “O Marajó só vai sair da pobreza quando nós construirmos a ponte”, completou o candidato que também criticou a dependência pelo transporte hidroviário. “Precisamos tirar os municípios do isolamento. Ser refém de balsa é desinteligente”.
Sobre os custos para o projeto, Marcony informou que pretende buscar recursos estrangeiros para sua viabilização. “Como nós temos uma potencialidade econômica bem grande, o Pará acaba sendo atrativo para o mundo e nós vamos buscar parcerias com o mundo. O investidor precisa ter essa garantia do gestor paraense. A partir do momento que a gente tiver essa garantia, nós vamos conseguir captar recursos”, frisou.
Ainda no quesito econômico, o candidato do Solidariedade apontou a potencialidade do agronegócio. “É preciso que o estado seja o grande incentivador disso de forma sustentável”, disse ele, que prometeu implementar ações para ampliar o acesso ao conhecimento técnico, à capacitação, bem como otimizar o sistema logístico para favorecer pequenos, médios e grandes produtores.
Marcony tratou também da necessidade de verticalizar a produção agrícola do estado. “Nós queremos industrializar aquilo que nós pudermos industrializar: a nossa carne, a nossa soja, o nosso cacau, o nosso abacaxi, tudo aquilo que a gente produz é destaque no Brasil, mas infelizmente a gente não tem tido a percepção do atual governo para essa vocação que nós temos”, frisou.
No mesmo sentido, ele enfatizou a necessidade de maior industrialização dos minérios extraídos no estado. “O grande motivo de não verticalizar na medida que o Pará precisa é por conta da tecnologia, a falta de você conversar com a China, com o Japão e a gente importar tecnologia para que a gente considera produzir, manufaturar o nosso minério de ferro, ferro-gusa. A gente precisa desenvolver um parque tecnológico que tenha capacidade para essa verticalização”, avaliou.
“A gente está vendo o nosso produto, aquilo que Deus nos deu, a natureza nos deu, saindo do Pará de forma bruta e não deixando nada. Hoje o Pará cava buraco, mas não pensa no futuro. A gente quer inverter esse caminho. A gente quer trazer um parque tecnológico, manufaturar o que produz e a gente poder realmente ser referência no mundo”, completou o candidato.
Major Marcony tem 59 anos, é militar da reserva do Exército e empresário do segmento da segurança, apontou ainda as medidas que pretende adotar na área, visando, sobretudo a valorização dos policiais. “Nós precisamos rever todo o fluxo de funcionamento da segurança. Desde a capacitação dos nossos profissionais, fazendo com que eles sejam não só uma polícia judiciária ou uma polícia ostensiva, mas fazer com que eles sejam embaixadores da educação também. Nós queremos investir no profissional criando programas, como moradia segura, como transporte seguro, rever a questão salarial”, afirmou ele, que acrescentou. “Eu quero ser o governador do lado do profissional de segurança para que juntos a gente faça a segurança do cidadão paraense”.
Além disso, o candidato disse que pretende fundir as secretarias de estado de cultura e de turismo para que atuem com políticas integradas. “Nós vamos fomentar os nossos caminhos turísticos associados à nossa cultura: a marujada, o carimbo, ao boi, aos pássaros, ao carnaval. Eu não quero só uma cultura sazonal. Eu penso numa cultura permanente”, complementou o candidato que disse que vai analisar a necessidade de uma reforma administrativa em outros órgãos.
As entrevistas do Grupo Liberal com candidatos ao Governo e ao Senado prosseguem na próxima segunda-feira (19), com a participação de Manoel Pioneiro (PSDB) às 12h30, com transmissão ao vivo pelo portal de notícias OLiberal.com. Youtube, Facebook, Instagram e Rádio Liberal FM, além de chamadas nas redes Telegram, Whatsapp, Twitter, Getter e TikTok. No mesmo dia, também será exibida às 15h a entrevista gravada com a candidata ao governo Sofia Couto (PMB).
Confira a ordem das próximas entrevistas:
- 19/9 (segunda) - Senado - Pioneiro (PSDB)
- 20/9 (terça) - Governo - Adolfo Oliveira (PSOL)
- 21/9 (quarta) - Senado - Flexa Ribeiro (PP)
- 22/9 (quinta) - Governo - Dr. Felipe (PRTB)
- 23/9 (sexta) - Senado - Beto Faro (PT)
- 26/9 (segunda) - Governo - Zequinha (PL)
- 27/9 (terça) - Senado - Mário Couto (PL)
- 28/9 (quarta) - Governo - Helder (MDB)
Entrevistas gravadas
- Sofia Couto (PMB) – Governo – 19/09
- Cleber Rabelo (PSTU) – Governo - 20/09
- Paulo Roseira (Agir) – Governo – 21/09
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