Lembra do Babá? Ele critica aliança Alckmin x Lula e defende ruptura do PSOL com PT e Rede

Babá, que já foi um dos principais nomes da esquerda na política paraense, assina documento com críticas a chapa entre o ex-presidente e o ex-governador de São Paulo

O Liberal
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Ex-deputado federal pelo Pará, o professor João Batista Oliveira de Araújo, mais conhecido como Babá, é contra uma possível chapa presidencial entre Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB). Junto com outros militantes do PSOL, ele assina um documento com críticas à direção do partido, por sinalizar apoio à aliança entre o ex-presidente da República petista e o ex-governador de São Paulo, agora no PSB. No documento, o grupo também demonstra insatisfação com as negociações em torno da criação de uma federação com a Rede.

Fundador do PSOL, Babá já foi um dos principais nomes da esquerda na política paraense, enquanto estava no PT. Chegou a ser um dos representantes do Estado na Câmara dos Deputados, em Brasília, por dois mandatos, entre os anos de 1999 e 2007. Também foi vereador, em Belém, e deputado estadual. Engajado nos movimentos sindicais, chegou a ser presidente da Associação dos Servidores da UFPA e diretor da Executiva Estadual da CUT (Central Única dos Trabalhadores). 

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Transferiu seu domicílio eleitoral para o Rio de Janeiro em 2004, mas continuou envolvido na política. Chegou a ser vereador pela capital do estado – em uma das ocasiões, assumiu o mandato após a morte da Marielle Franco, de quem era suplente.

Segundo informações divulgadas pela Folha de São Paulo e Valor Econômico, além de Babá, o manifesto contra a direção do PSOL é assinado por outros nomes importantes do partido, como ex-deputado federal Milton Temer (PSOL) e o professor aposentado da Unicamp Plínio de Arruda Sampaio Júnior. No total, o documento conta com mais de 600 assinaturas.

No texto, os militantes psolistas afirmam que o partido "não tem vocação para ser puxadinho do PT e, menos ainda, do Banco Itaú [referência ao apoio da família Setúbal à Rede]". Para eles, as eleições de 2022 colocam o eleitor diante de "alternativas tacanhas": escolher entre a dose máxima, Jair Bolsonaro (PL), e a dose mínima de veneno, Lula.

Afirmam ainda, no manifesto, que Lula "está comprometido até a alma com a estabilização de uma República Nova, rigorosamente neoliberal, que se pretende construir dos escombros da Nova República" e "governará com seus algozes e acatará docilmente as novas regras do jogo".

Intitulada "PSOL na encruzilhada", a carta pede a suspensão de qualquer tratativa, formal ou informal, com a candidatura Lula e com os dirigentes da Rede "ou qualquer outro partido burguês" e início de negociações com partidos como PCB, UP e PSTU "para a formação de uma frente de esquerda declaradamente contra a ordem".

Os militantes sugerem o debate sobre o lançamento de uma candidatura própria à Presidência, encabeçada pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).

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