Ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro reage a Delgatti: 'Mente, mente, mente'

Wajngarten afirma que ex-presidente jamais pensou em levar um hacker para o horário eleitoral

O Liberal
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Fábio Wajngarten, atual assessor do ex-presidente e ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, emitiu resposta ao depoimento prestado pelo hacker Walter Delgatti durante a CPMI do 8 de Janeiro. Delgatti afirmou perante a comissão que Jair Bolsonaro teria solicitado sua ajuda para comprometer a segurança das urnas eletrônicas, expondo assim possíveis vulnerabilidades no sistema eleitoral, e criar um código de computador fictício para mostrar a viabilidade de adulteração da contagem de votos durante a campanha eleitoral.

Nas redes sociais, Wajngarten fez questão de assinalar: "Não é adequado rotular o depoente, cuja condenação é notória. Entretanto, inúmeros adjetivos são constantemente direcionados ao presidente Jair Bolsonaro. Há um claro desequilíbrio. Ele mente, mente e mente."

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Responsável pela estratégia de publicidade durante o governo Bolsonaro, Wajngarten negou veementemente que o comitê de campanha do ex-presidente tenha sequer considerado a possibilidade de utilizar o hacker no horário eleitoral, com o intuito de evidenciar as fragilidades das urnas eletrônicas. "Convivo com o presidente Jair Bolsonaro desde 2016. Em momento algum ele insinuou qualquer diretriz publicitária visando à criação de roteiros cinematográficos ou propagandas. O depoente de hoje o retrata como um mestre de estratégias eleitorais. Ele mente, mente e mente."

Delgatti listou indivíduos que seriam testemunhas das suas afirmações

O hacker relatou perante a CPMI que o ex-presidente teria feito a ele uma oferta de indulto, condicionada à violação das medidas cautelares impostas pela Justiça, a fim de que invadisse o sistema das urnas eletrônicas e demonstrasse possíveis vulnerabilidades. Delgatti afirmou que o diálogo com Bolsonaro ocorreu na residência oficial da Presidência, o Palácio da Alvorada, com a presença da deputada Carla Zambelli (PL-SP), do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do coronel Marcelo Câmara.

Embora não tenha apresentado provas concretas de suas alegações contra o ex-presidente, o hacker forneceu detalhes precisos e listou indivíduos que seriam testemunhas das suas afirmações. Delgatti se mostrou disposto a colaborar com as autoridades, buscando a realização de confrontações de depoimentos para validar suas declarações.

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