CPMI do 8 de janeiro: Torres garante que não interferiu na PRF durante segundo turno

“Ninguém deixou de votar e o próprio TSE reconheceu isso", pontuou o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro

O Liberal
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Em sua fala de abertura no depoimento prestado nesta terça-feira (8) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do Congresso Nacional, que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, a chamada "CPMI do 8 de janeiro", o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, falou sobre a operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Nordeste, no segundo turno das eleições do ano passado.

Veículos de comunicação apuraram que Torres teria sido escalado por Bolsonaro para colocar em prática no Nordeste, região majoritariamente pró-Lula, plano envolvendo o uso político da PRF, no dia 30 de outubro, segundo turno da eleição.

Naquele dia, a corporação realizou múltiplas blitze e parou veículos que transportavam eleitores em todo o país, sendo que a maior parte das operações, proibidas no dia anterior pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, aconteceu em estados do Nordeste.

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No depoimento desta terça-feira (8), Anderson Torres diz que não houve interferência do Ministério da Justiça no planejamento operacional da PRF e que a informação recebida do diretor-geral, na época, era de que o planejamento do segundo turno tinha sido semelhante ao do primeiro turno e que foi executado sem alterações. “Ninguém deixou de votar e o próprio TSE reconheceu isso. O comparecimento no segundo turno foi superior ao registrado no primeiro turno”, ressaltou.

O ex-ministro de Bolsonaro ainda ressaltou que não tinha atribuição de vetar o planejamento operacional de qualquer instituição e que todas as informações que recebeu na data de 30 de outubro indicavam que “tudo estava transcorrendo normalmente”.

“A PF e a PRF sempre tiveram respeitada a sua autonomia no período que ocupei o Ministério da Justiça. Como ministro, nunca interferi no planejamento operacional dessas duas instituições. Nossa determinação sempre foi reprimir a compra de votos e demais crimes eleitorais”, pontuou

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