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Suspeita de bomba em Aeroporto de Belém cria tensão em passageiros

Polícia Federal (PF) investiga o caso em sigilo e ainda não deu detalhes sobre a ação

Elisa Vaz

O suposto artefato explosivo encontrado no Aeroporto de Belém (o Aeroporto Internacional de Val-de-Cans), anunciado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, preocupou pessoas que passam pelo local para viajar, que agora ficam receosas quanto a novos atos desse tipo. A Polícia Federal (PF) está investigando o caso em sigilo e ainda não deu detalhes de quando a ação teria ocorrido e onde o artefato foi encontrado, nem se alguém foi preso.

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Técnico de enfermagem aposentado, Luiz Gonçalves, de 59 anos, estava no local na tarde deste domingo (11) para deixar a filha no aeroporto. Ele ficou sabendo da notícia do artefato explosivo e disse que não achava possível isso acontecer em Belém por se tratar de uma cidade “pacífica”: “Foi uma surpresa”.

Ao deixar a filha, que ia viajar, Luiz afirmou que a partir de agora terá receio. “Fico mais preocupado, porque já vi que isso não é ‘privilégio’ de outras cidades, grandes centros, mas também cidades como Belém. Apesar do fluxo ser intenso de passageiros, fico preocupado a partir de agora”, enfatiza o pai. Quanto ao crescimento de casos mais extremos no país, o aposentado afirma que acha “preocupante” e, por isso, defende que os órgãos de segurança tenham uma atuação mais eficiente.

Já sua filha, a geógrafa e professora Laís Campos, de 34 anos, não tinha conhecimento do suposto artefato explosivo encontrado em Belém, e só sabia de outros casos pelo país. Ela mora em Brasília e conta que lá fica mais insegura - tanto que não foi acompanhar a posse presidencial em janeiro por medo de algum ato desse tipo. A geógrafa diz, no entanto, que confia na atuação do Ministério e nos órgãos de segurança e valoriza a atenção que o governo federal tem dado a essas situações.

Polarização

Servidor público, Alan Bezerra de Carvalho, de 32 anos, também estava no Aeroporto de Belém neste domingo e não sabia da operação. Ele avalia que a chegada de ações como essa à capital paraense é uma consequência da evolução tecnológica. “Felizmente ou infelizmente, está chegando toda a evolução que existe no mundo à Amazônia. Então, a gente está suscetível a esse tipo de ato porque, infelizmente, vêm também as coisas ruins, pessoas maldosas, isso é uma consequência do que está acontecendo”, avalia.

Outro motivo, na opinião de Alan, é o momento de polarização em que o Brasil se encontra. Ele considera a democracia brasileira jovem e acredita que, com o tempo, os conflitos vão se apaziguar. O servidor estava chegando de viagem e disse que, a partir de agora, fica mais assustado com a possibilidade do uso de artefatos explosivos em Belém. “Mas acho que a gente não pode impedir, parar a nossa vida por causa desse tipo de situação”.

A reportagem questionou as companhias aéreas sobre os impactos da operação nos voos, mas só recebeu resposta da Gol Linhas Aéreas, que informou não ter registrado impactos em suas operações. A Latam e a Azul não deram retorno até o fechamento desta reportagem. A equipe ainda enviou solicitação à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra aeroportos, mas também não teve resposta.

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