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Coordenador-geral do Sintepp de Viseu é preso por suspeita de envolvimento a assalto a banco

A assessoria do Sintepp confirmou a informação; outros dois suspeitos já haviam sido presos antes

O Liberal
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O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) de Viseu, Valdeir Sousa, foi preso, nesta terça-feira (12), suspeito de participação no assalto à agência do Banpará naquele município. Ele seria o mentor da ação criminosa. À Redação Integrada de O Liberal, o Sintepp confirmou a informação e, ainda nesta quarta-feira (13), deverá divulgar uma nota sobre o assunto. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que o suspeito não faz parte do quadro de servidores do órgão.

De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública (Segup), no final da noite da última terça-feira (12), equipes das polícias Militar e Civil prenderam, em flagrante, mais um homem envolvido no roubo a uma agência do Banpará, ocorrido na madrugada da última sexta-feira (8), no município de Viseu.

O suspeito, Valdeir Sousa, foi localizado também no município de Viseu. Conforme as investigações, o homem é apontado como um dos articuladores da ação criminosa. Pela manhã, a polícia havia prendido dois suspeitos: Zaquel da Silva Menezes e Anderson de Nazaré Ribeiro, responsáveis por darem apoio logístico e organizarem a fuga para o restante do grupo.

Após a prisão e realização de todos os procedimentos administrativos, todos os suspeitos presos foram conduzidos ao sistema penitenciário e estão à disposição da Justiça.

“As respostas rápidas que o sistema de segurança vem conseguindo dar são fruto de total integração entre as equipes que estão atuando nesse caso. Estamos trabalhando com agentes do Grupamento Aéreo de Segurança Pública, equipes locais e especializadas das Polícias Militar, Civil e Científica, que realiza as perícias. Portanto, as diligências seguem em andamento para localizar outros envolvidos na ação criminosa”, afirmou Ualame Machado, titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

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Diligências seguem sendo realizadas na tentativa de identificar outros possíveis envolvidos na ação, registrada na madrugada da última sexta-feira (8)

O roubo, na modalidade “Novo cangaço”, que teve como alvo a agência do Banpará, ocorreu na madrugada da última sexta-feira (8), no município de Viseu. Na ocasião, não houve feridos. De forma imediata, equipes especializadas das Polícias Militar e Civil, além de peritos da Polícia Científica e Grupamento Aéreo de Segurança Pública, foram deslocadas para a cidade a fim de fortalecer o trabalho das investigações, auxiliando as forças de segurança locais.

Durante as buscas, na última segunda-feira (11), foram localizados, na zona rural, três envolvidos na ação, que morreram em confronto com os policiais. A polícia já recuperou mais de R$ 70 mil em espécie, quatro fuzis, duas armas de fabricação caseira, cartucheiras .32 e .40, mais de 400 munições, 21 carregadores de armas, explosivos, dois coletes balísticos, oito celulares, lanternas e roupas camufladas. Na terça-feira (12), três homens foram presos, inclusive o coordenador-geral do Sintepp, sob suspeita de participação na logística da ação criminosa.

Polícia Científica auxilia nas investigações

A Polícia Científica do Pará (PCEPA) tem integrado as forças de segurança pública do Estado na operação que apura informações sobre a quadrilha que realizou um roubo a banco em Viseu, na madrugada da última sexta-feira (8), no tipo de crime conhecido como "Novo Cangaço". Após ser acionada pela Delegacia de Policial Civil de Viseu, a Coordenadoria Regional de Castanhal da PCEPA enviou uma equipe pericial para trabalhar no caso e, com o apoio da equipe do Núcleo Avançado de Bragança, foram realizados diversos exames periciais para auxiliar na investigação policial.

Desde a manhã do dia do fato, a equipe pericial tem trabalhado ininterruptamente no caso, somando, até agora, sete requisições de serviços do órgão. Por questões de segurança, o primeiro procedimento realizado foi o desarmamento dos explosivos dentro da agência bancária, como explica o perito criminal responsável pelo caso, Leonardo Ferreira. “O Batalhão de Operações Especiais, da Polícia Militar do Pará (Bope) nos auxiliou no desarmamento dos explosivos dentro da agência, realizamos a perícia e detonação, e em seguida, partimos para o levantamento dos danos na agência, medições necessárias para entender a dinâmica do evento, além da identificação de vestígios”, explicou o perito.

No local, foram encontrados alguns vestígios de explosivos, detonadores e estopins, materiais de alta periculosidade, os quais terão amostras enviadas para laboratório para identificação do material utilizado na explosão, além da tentativa de recuperação de perfis genéticos.

“Conseguimos encontrar o epicentro da explosão em um dos cofres. Após uma perícia minuciosa, conseguimos identificar, após remoção de escombros, que ainda havia cédulas monetárias, que foram entregues para a Delegacia de Polícia Civil”, afirmou o perito.

Foram encontrados ainda três estojos de armamentos pesados, além de dois projéteis de armas de fogo que foram enviados para o Núcleo de Balística para exames complementares que ficarão à disposição do Sistema Nacional de Balística (Sinab). O material ficará custodiado para possíveis comparações microbalísticas com o armamento apreendido pela Polícia Civil, após as diligências realizadas na última segunda-feira (11), onde três suspeitos entraram em confronto armado com a Polícia Militar e acabaram mortos. As três necropsias foram realizadas e, após exames, foi constatado que um deles se apresentava com nome falso.

Além disso, foram coletados materiais biológicos - possivelmente sangue, que foi enviado para o laboratório da instituição para confirmação e que também será enviado para o setor de DNA para a iden​tificação de possíveis autores. Pedaços de roupas e sandálias também foram coletados para exames complementares.

A Delegacia de Polícia de Viseu também requisitou à PCEPA perícia no veículo incendiado e deixado no “ramal do Carrapatinho” para identificação e procedência.

Sintepp se pronuncia sobre o caso

Na manhã desta segunda-feira (18), o Sintepp se manifestou sobre o caso. Segue, na íntegra, a nota divulgada:

"Na manhã do dia 13/09 o Sindicato dos/as Trabalhadores/as em Educação Pública do Pará, SINTEPP foi surpreendido com a notícia da prisão do dirigente sindical da subsede de Viseu, Valdeir de Sousa, sob gravíssimas acusações de suposta participação no roubo à Agência do Banpará na referida cidade.

Apesar da repercussão acentuada do caso, mesmo tendo o acusado se apresentado espontaneamente à delegacia, nossa entidade optou, pelo princípio da cautela, em buscar mais informações sobre o caso, exigindo total transparência das autoridades nas investigações, bem como a garantia constitucional da ampla defesa e do contraditório.

O Sintepp tem uma história de 40 anos de lutas em defesa de uma educação pública de qualidade e boa parte dessas lutas se dão em denúncias de malversação de recursos públicos da educação, praticada por agentes públicos.

Portanto, nossa história demonstra que o sindicato combate crimes e não o contrário. Logicamente, isso incomoda significativamente autoridades mal intencionadas, o que acaba colocando em risco muitos dirigentes.

Nosso sindicato representa em todo estado quase 200 mil trabalhadores/as em educação, a partir de suas 138 Subsedes, somando cerca de 2.500 dirigentes, não podendo a conduta de nenhum destes ser tomada de maneira a generalizar nossa entidade.

Além disso, com a exposição massiva do acusado, antecipou-se julgamentos que devem ocorrer a partir de provas concretas a serem conduzidas pelo poder judiciário. Em caso de comprovação de participação do dirigente no crime em questão, que sejam tomadas as medidas judiciais previstas no código penal. Bem como, em não se comprovando crime, que seja garantida a mesma cobertura midiática para retratação, além de reparação pelos danos morais e materiais que possam se configurar.

Lamentamos que a situação esteja sendo utilizada por diversos atores para tentar desmoralizar  a imagem do Sintepp, atingindo assim toda uma categoria que não se cala e tem tradição de luta por seus direitos.

Porém, nossa entidade já enfrentou muitos desafios e segue de pé, justamente porque o coletivo sempre é maior que o individual. Sabemos que, independente do resultado dessa situação, continuaremos fortes, combativos e com independência de classe".

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