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Mãe de rapaz encontrado morto em aldeia Parakanã nega que jovens eram caçadores

Ela é professora atuante na terra indígena e diz que o filho tinha boa relação com indígenas

O Liberal
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Maria Gorete Borges da Silva, mãe de um dos três rapazes encontrados assassinados na terra indígena Parakanã, no dia 30 de abril passado, em Novo Repartimento, no sudoeste do Pará, usou as redes sociais, no último final de semana, para pedir Justiça à morte dos rapazes. Ela é professora atuante na reserva indígena Parakanã, e afirmou que o filho e os outros jovens não eram caçadores. 

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“Eu venho aqui falar não só em nome do meu filho, mas em nome dos três, porque a gente só ouve boatos de que eram caçadores. Eles nunca foram caçadores, cada um tinha suas devidas profissões, todos com família, com amigos, jovens que gostavam de aventuras”, afirmou Maria Gorete.

Os três rapazes entraram na Terra Indígena, no dia 24 de abril, e nunca mais voltaram. “É uma coisa que não tem como se explicar, a pena de morte para uma pessoa que vai em um lugar. Porque entraram na terra indígena estava decretada a pena de morte para eles?”, questionou.

Filho teria boa relação com os indígenas

Por fim, ela observou que nunca houve desavenças entre o filho dela e os indígenas. “O meu filho foi criado junto com os Parakanã, eles viviam na minha casa comendo junto com meu filho na minha casa”, disse Maria Gorete.

Em 24 de abril passado, os amigos Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara entraram, sem autorização, na terra indígena Parakanã para caçar e desapareceram. No dia 30 de abril, seis dias depois, os três foram encontrados em cova rasa dentro da área indígena.

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O desaparecimento dos rapazes gerou uma onda de protestos na rodovia BR-230, a Transamazônica, que corta a reserva. Os manifestantes exigiam a liberação dos jovens. Eles achavam que eles estariam em poder dos indígenas, que sempre negaram qualquer envolvimento no desaparecimento e na morte deles.

O caso é apurado pela Polícia Federal, que mantém a investigação sob sigilo. Em nota, a Assessoria de Comunicação da Polícia Militar informou, que em respeito aos familiares, a Polícia Federal trabalha para esclarecer de forma célere as circunstâncias do crime, bem como os autores do triplo homicídio.

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