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Família aguarda decisão da Justiça de novo julgamento de dupla acusada de matar adolescente no Pará

Dara Vitoria Alves da Silva, de apenas 16 anos, foi morta, estuprada e jogada no Rio Itacaiúnas três anos atrás, em Marabá

O Liberal
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Dara Vitoria Alves da Silva, de apenas 16 anos, foi morta no dia 27 de agosto de 2017, em Marabá, no sudeste do Pará. Albert Pereira Mousinho, acusado de cometer o crime, foi condenado dois anos depois. Entretanto, a família da vítima aguarda a decisão do Poder Judiciário sobre a decisão de um novo julgamento.

Segundo as investigações da polícia no caso, Albert estuprou e estrangulou a adolescente até a morte. Depois disso, retirou o corpo dela da cama em um lençol, colocou ela embaixo do móvel, e dormiu e esperou o dia amanhecer.

Na manhã seguinte, o acusado contou com a ajuda de Rendimar de Sousa Leite. Os dois colocaram o corpo da jovem no porta-malas de um veículo e levaram até as margens do Rio Itacaiúnas, onde o atiraram na ribanceira, totalmente sem roupa, ainda conforme os autos.

A investigação também apontou que Albert teria oferecido um lote de terras a Rendimar caso este o auxiliasse na ocultação. Os dois acusados foram julgados em 2019, mas os jurados entenderam por absolver o Rendimar da acusação de ocultação de cadáver.

O advogado criminalista Raphaell Braz, advogado da família da vítima e que foi contratado apenas após a realização do Tribunal do Júri, afirmou que “houve um erro muito grande por parte dos jurados e que, em nosso entender, eles se confundiram quando da votação e acabaram por absolver, de forma totalmente contrária às provas dos autos, o réu Albert, pelo crime de feminicídio. O recurso interposto pelo Ministério Público abrange não somente o réu Albert, mas também o Rendimar. O intuito do recurso é que um novo júri seja realizado”, explicou.

Albert foi condenado a dois anos e seis meses em regime aberto pela ocultação de cadáver. A punição, posteriormente, foi substituída por duas penas restritivas de direitos. Rendimar foi absolvido.

A professora Milza Alves da Silva, mãe de Dara, permanece inconformada ao longo de todos esses anos e ainda clama por justiça. “Não me conformo com o que foi feito com a minha filha e muito menos com o resultado do julgamento. Torço para que no próximo julgamento a Justiça seja feita por Dara”, suplica.

A promotoria entrou com um recurso para anular o júri e realizar um novo julgamento. “Estamos trabalhando duro para que a justiça seja feita, e que os acusados sejam condenados por todas as atrocidades feitas com a jovem Dara”, afirma Raphaell.

A redação integrada de O Liberal procurou o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) para comentar o assunto, mas não obteve retorno. 

Antecedentes

Albert Mousinho, além de responder a esse processo por feminicídio e ocultação de cadáver, ainda fez pessoas de reféns e tentou roubar a agência do Banco do Brasil no dia 8 de setembro de 2017. De acordo com as investigações, o intuito do roubo seria coletar dinheiro para fugir da comarca de Marabá. Na época ele acreditava que estava prestes a ser preso pela morte de Dara.

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