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Embaixador mauritano sugere que corpos encontrados em barco no Pará eram de outros países, diz site

Abdoulaye Idrissa Wagne defendeu ainda que a Mauritânia não tem um nível de pobreza que leve pessoas a sair de lá

O Liberal
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O embaixador da Mauritânia no Brasil, Abdoulaye Idrissa Wagne, disse acreditar que dificilmente os nove corpos encontrados dentro de um barco no litoral paraense sejam de cidadãos do seu país. Em entrevista ao UOL, ele afirmou que a Mauritânia também está investigando a origem da embarcação e o acidente.

“A fase de investigação não foi concluída, estamos aguardando o relatório oficial [da PF], mas também estamos apurando. O que sabemos é que o barco provavelmente saiu da Mauritânia e que o destino era a Europa, não o Brasil. Mas se saiu de lá, trazia imigrantes que entraram ilegalmente no país”, afirmou Abdoulaye ao UOL.

Ele explica que são poucos os casos de mauritanos que tentam fugir do país pelo Atlântico. Segundo ele, o comum é a entrada il​egal de migrantes de outras localidades no país para fugir para as Ilhas Canárias em embarcações precárias.

“Todos os imigrantes que fazem a travessia são de outros países, que nos buscam por conta da região geográfica mais próxima da Europa. Isso ocorre com Marrocos e Argélia também. Mas não temos um nível de pobreza que leve pessoas a fazer essa travessia. O que sofremos é com muita imigração ilegal, e são essas pessoas que pegam barcos pequenos clandestinos”, declarou Abdoulaye.

Relembre o caso

A embarcação com nove corpos foi encontrada à deriva no litoral paraense no dia 13 de abril deste ano. Os corpos foram enterrados de forma provisória em um cemitério de Belém, até que a identificação das vítimas seja feita, bem como as famílias delas sejam comunicadas.

A Polícia Federal investiga o caso e acredita, a partir da análise de documentos que estavam na embarcação, que as vítimas eram homens do continente africano, de países como Mauritânia, Mali e Congo.

Além disso, vinte e sete celulares foram encontrados no barco e estão sendo periciados no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília.

De acordo com o diretor do INC, Carlos Alberto Palhares, os aparelhos telefônicos estavam bastante oxidados e, por isso, existe uma baixa expectativa de que eles ajudem no processo de identificação das vítimas.

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