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PC prende homem apontado como um dos maiores desmatadores do Pará

Geraldo Daniel de Oliveira já havia sido detido em junho de 2022 pelos crimes de desmatamento e queimadas em uma área, que já havia sido embargada pelo Ibama e se encontrava em liberdade provisória

O Liberal
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Geraldo Daniel de Oliveira, conhecido pelo apelido de “Geraldinho”, foi preso pela Polícia Civil do Pará (PCPA), em Goiânia, capital do estado de Goiás, nesta quarta-feira (3), durante a operação Refloresta Xingu", em desdobramento da "Operação Curupira". Na rede social X, antigo Twitter, o governador Helder Barbalho disse que o homem capturado é “acusado de desmatar mais de 10 mil hectares nos últimos 5 anos”, na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará. Além disso, as autoridades o apontam como um dos maiores desmatadores do Estado. 

A operação resultou no cumprimento de um mandado de prisão preventiva contra um pecuarista acusado de ser o maior desmatador em área contínua da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu. O acusado, que já havia sido preso em 2022, encontrava-se em liberdade provisória. Durante este período, ele teria violado as medidas cautelares impostas, levando à sua nova captura. "Ele e o genro, que está com prisão preventiva decretada, respondem por outros crimes ambientais e falsidade documental”, acrescentou Helder no post.

"Estão sendo cumpridos mandados de prisões, buscas e apreensões em várias localidades do Pará e Goiás, para que dar suporte à Operação Curupira, que tem uma função de fiscalização e comando e controle nessas áreas. Paralelo às ações em campo, nós temos uma força-tarefa dentro da Polícia Civil que investiga a fundo os casos que são encontrados pela equipe de campo da operação Curupira. Isso é um trabalho integrado de fiscalização e investigação para que nós possamos chegar aos verdadeiros autores dos crimes ambientais no Pará", afirmou Ualame Machado, titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

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Conforme o delegado-geral, Walter Resende, as investigações, intensificadas pela colaboração de informações da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS), por meio da Assessoria de Inteligência e Segurança Corporativa, levaram à identificação de diversos crimes. "Apontaram para a prática continuada de crimes ambientais, incluindo dano à Unidade de Conservação, incêndio em floresta, impedimento à regeneração florestal, falsidade ideológica, e associação criminosa com foco em atividades ilegais contra o meio ambiente", ressaltou Resende.

Desde 2019, o acusado é responsável por desmatar mais de 10.000 hectares de floresta amazônica, configurando-se como um dos principais agentes de desmatamento no Estado do Pará. 

"O pecuarista atuava diretamente na criminalidade ambiental na APA Triunfo do Xingu. Sua prisão representa o combate incessante da Polícia Civil no que diz respeito à criminalidade ambiental, demonstrando que a Polícia Judiciária permanecerá atuante nas investigações que tratam sobre a temática", ressaltou o delegado Acácio Neto, titular da Força-Tarefa Amazônia Segura.

Outra prisão

Em junho de 2022, Geraldo havia sido preso pelos crimes de desmatamento e queimadas em uma área, que já havia sido embargada pelo Ibama, no ano de 2019, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. Na época, Ualame afirmou que o goiano era “o principal responsável pelos números de depredação ambiental no sul do Pará”. A polícia disse que Geraldo Daniel de Oliveira respondia por 10% do desmatamento no Estado. 

A Área de Proteção Ambiental (APA) é uma Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável, que visa compatibilizar a conservação ambiental com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. A APA Triunfo do Xingu foi criada em 2006 e 66% do seu território, de 1,6 milhão de hectares, ficam em São Félix do Xingu. O restante divide-se entre as regiões de influência do Rio Araguaia e do município de Altamira.

 

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