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Seca extrema: Aveiro e Itaituba decretam situação de emergência

Os decretos enumeram os possíveis prejuízos econômicos e sociais à população afetada, bem como o impacto pedagógico, de insegurança alimentar e nutricional nas comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas

O Liberal
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O Diário Oficial dos Municípios publicou, nesta quarta-feira (11), o decreto de situação de emergência dos municípios de Aveiro e Itaituba em decorrência da seca que atinge a região do oeste paraense. A medida permite aos gestores municipais receberem auxílio financeiro dos governos estadual e federal para atender as famílias atingidas pela estiagem que atinge a Amazônia. 

A seca castiga inúmeras comunidades do interior de Aveiro. Contudo, o decreto municipal aponta que esses indicativos estão alcançando níveis alarmantes e afetando diretamente a vida dos moradores. O documento destaca ainda que a seca alcançou o nível dos rios Tapajós, Cupari, Mamuru, e Andirá, atingindo substancialmente o abastecimento hídrico da população, agricultura, pecuária das comunidades e aldeias indígenas que vivem próximo às bacias.

As comunidades e aldeias indígenas podem ficar totalmente isoladas devido à falta de navegabilidade dos rios, ocasionando diversos problemas de abastecimento de alimentos e outros insumos a essas localidades. A seca também aumenta o risco de queimadas e os focos de incêndios.

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O decreto enumera os possíveis prejuízos econômicos e sociais à população afetada, bem como o impacto pedagógico, de insegurança alimentar e nutricional aos alunos da rede pública municipal de ensino, tanto das comunidades ribeirinhas quanto nas aldeias indígenas. 

Situação em Itaituba

Em Itaituba, o prefeito Valmir Climaco assinou decreto semelhante o de Aveiro. Por lá, a seca está assolando a região, causando transtornos, danos humanos e prejuízos materiais aos moradores de regiões ribeirinhas, bem como a travessia fluvial entre Itaituba e Miritituba. O município está em quadro crítico devido o baixo nível dos rios e a escassez de chuvas, ficando abaixo da média prevista. Inúmeras regiões ribeirinhas apresentam dificuldades de transporte e falta de água potável. 

O decreto informa que nas comunidades localizadas nas regiões de rios, o deslocamento de mercadorias e pessoas é realizado por meio de embarcações, seguido do abastecimento de água. E em virtude da dinâmica da estiagem do rio, o abastecimento tende a ficar prejudicado, fazendo com que várias comunidades estejam em situação de vulnerabilidade. A travessia fluvial entre Miritituba e Itaituba pode parar devido à redução da lâmina d‘água. Há risco de isolamento e desabastecimento da sede da cidade de Itaituba.

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Estado garante ação humanitária para municípios no Baixo Amazonas e no Tapajós

O governador Helder Barbalho anunciou, nesta quarta-feira (11), o envio de cestas humanitárias de alimentos e água potável para à população das regiões do baixo Amazonas e Tapajós, que sofrem com a grave estiagem nos rios. A seca está impossibilitando a navegação de embarcações e a chegada de mantimentos nas áreas mais afastadas, como o município de Juruti, no extremo oeste do Pará. O território estadual está sob a influência do fenômeno climático El Niño, que altera a circulação dos ventos e reduz a frequência e o volume das chuvas na região amazônica.

“Estamos aqui para nos solidarizar as famílias do baixo Amazonas, da região do Tapajós, que estão sofrendo com as fortes estiagens e secas nesses municípios. Por essa razão, através do corpo de bombeiros, da defesa civil, do Governo do Estado, estará enviando, no próximo sábado, 5 mil cestas de alimentos e 5 mil galões de água para atender municípios que decretaram emergências as populações atingidas pelas secas. Estaremos juntos, no enfrentamento a este momento de dificuldade”, disse o governador Helder Barbalho acompanhado da vice-governadora, Hana Ghassan e do comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Pará, Jayme de Aviz Benjó. 

As primeiras cestas humanitárias e galões de água serão enviados para Santarém de um porto localizado em Icoaraci, distrito de Belém. A previsão é que a ajuda chegue em Santarém no período de 72 horas, e de lá siga para outras localidades. Santarém servirá como base de distribuição. A ação também conta com apoio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp). Esta é a primeira de outras ajudas humanitárias do Governo do Estado para os municípios atingidos pela estiagem. A defesa civil estadual está contabilizando o número de afetados no Pará.

 

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