ONG de Santarém segue sem atividades após operação Fogo Sairé

Projeto Saúde e Alegria cumpre compromissos e aguarda liberação de computadores

Eduardo Rocha
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Em nota divulgada nesta sexta-feira (27) à tarde, a organização não governamental Projeto Saúde e Alegria, que teve quatro brigadistas presos em 26 de novembro, sob acusação de terem ateado fogo em florestas em Alter do Chão, no município de Santarém, na região do Oeste do Estado, informou que seus documentos, como contratos e notas fiscais, entre outros, começaram a ser devolvidos pela Polícia Civil do Pará na quinta-feira (26). No entanto, os computadores administrativos da equipe técnica seguem apreendidos. Desse modo, os dirigentes da ONG informam não ser possível ser retomado o ritmo de trabalho em sua plenitude. Os brigadistas foram soltos em 28 de novembro e respondem a inquérito policial.

Nos computadores estão armazenadas informações distribuídas em aplicativos, sistemas automatizados de movimentação bancária e de contabilidade, essenciais para as operações. "Continuamos no aguardo da liberação completa para que possamos voltar a atender tanto as demandas institucionais quanto comunitárias com a mesma qualidade e agilidade característica do nosso trabalho.  Mesmo sem acusações diretas ao PSA no inquérito da operação 'Fogo do Sairé', somavam-se já 30 dias de apreensão dos nossos materiais. Prestar contas à sociedade brasileira é uma prioridade da organização, que sempre manteve públicos os seus balanços, relatórios e auditorias", pontua o comunicado do Projeto Saúde e Alegria divulgado esta tarde.

ONG confirmou tomada de medidas


Após ressaltar, no comunicado divulgado esta sexta, que a "transparência tem sido um patrimônio da instituição em 33 anos de atuação, reconhecido, inclusive, com recebimento de prêmios", a ONG destacou que auditorias de órgãos públicos, inclusive do Ministério Público Estadual, reforçaram o "compromisso ao longo desse ano". A instituição ainda anunciou medidas extras que estariam sendo tomadas. "A antecipação da nossa auditoria anual independente, realizada sempre no mês de maio; a contratação de um segundo serviço de auditoria externa para que seja feita uma análise detalhada sobretudo do material apreendido".

Ainda segundo o comunicado, a entidade diz que, embora "impedida de executar algumas atividades", programadas em meio ao que a ONG classifica como "situação caótica em que fomos colocados", o Projeto Saúde e Alegria conseguiu manter os principais compromissos e benefícios diretos às comunidades neste final de ano. A ONG destacou a Jornada Cirúrgica de 2019, capacitações diversas, obras para implantação de infraestrutura de saneamento básico e de abastecimento de água encanada, entre outros benefícios.

"Reiteramos ainda nossa solidariedade aos brigadistas do Instituto Aquífero Alter do Chão, acreditando na sua inocência. Para isso, desde sempre temos colaborado com as investigações, reafirmando nossa confiança nas autoridades e nas instituições democráticas", asseveraram os dirigentes do Projeto Saúde e Alegria em seu comunicado.

 

 

 

 

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