Programação marca retorno das atividades de pesca em Igarapé-Miri, nesta sexta (01)

A expectativa é que 80 toneladas de peixes sejam pescados já no primeiro dia

Kamila Murakami / Especial para O Liberal

Mais de 6 mil pescadores se preparam para a retomada da pesca anual em Igarapé-Miri, no nordeste paraense, com uma programação especial nesta sexta-feira (01). O evento é aberto ao público e já faz parte da tradição da cidade. A programação é realizada todos os anos pela Colônia de Pescadores Z15, que este ano completa 100 anos de fundação e reúne 36 comunidades ribeirinhas de diversas localidades do município.

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O vice-presidente da Colônia Z15, José Roberto Machado - popularmente conhecido como "Beto" - destaca que além de movimentar toda a comunidade que mora na região, o evento atrai inúmeros convidados, turistas e admiradores da atividade pesqueira.

"Somos 6.500 pescadores e pescadoras que, após o período do defeso, nos reunimos para celebrar um novo ano de pesca”, conta.

A atividade pesqueira é proibida na região durante o período do defeso, com o objetivo de garantir a reprodução das espécies. A pausa é fundamental para a preservação de diversas espécies de peixes. A retomada da pesca marca o início de um período de abundância para os pescadores, que celebram a data com empolgação.

José Roberto explica que a programação começa ainda na madrugada, com um café da manhã para os participantes. Em seguida, as embarcações saem rumo às comunidades ribeirinhas.

“É uma festa belíssima, onde percorremos, desde a madrugada, todas as nossas comunidades para comemorar a fartura dos peixes que vem dos rios para alimentar nossas mesas e todo o Estado do Pará", completa.

Ao longo do dia, barcos, lanchas e outras embarcações percorrem as comunidades de Panacauera, Maúba, Panacauera Miri, Iauteia, Cotijuba, Ana Igarapé, Juarembu, Maiutá, São Lourenço, Baixo Anapu, Alto Anapu, Coelho, Cuandu, Pindobalzinho, Samaúma, Tucunareir, Pindobal Grande e Pindobal Miri para celebrar a abertura do período de pesca na região.

No ano passado, somente nesse dia, foram pescadas 64 toneladas de mapará e pescada, dentre outras espécies. Para este ano, segundo os organizadores, a expectativa é atingir 80 toneladas já no primeiro dia de retomada das atividades.

Ainda segundo o vice-presidente da Colônia Z15, o momento representa um evento econômico e cultural para a comunidade. "Unimos tradição, sustentabilidade e alegria, porque nossas águas abrigam uma riqueza inestimável, que é o mapará, símbolo de nossa região. Com suas cores vibrantes e sabor único, essa espécie é parte essencial em nossa culinária e na vida das comunidades ribeirinhas", ressalta.

"A pesca artesanal não é apenas uma atividade econômica, mas também um momento de conexão com a natureza e de fortalecimento de laços comunitários entre os pescadores ", conclui José Roberto.

Serviço:

Data: 01 de março
Hora: 5h
Local de saída das embarcações: Trapiche Municipal de Igarapé-Miri

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Pará
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