'Pensei que fosse sobra e iria usar no jardim de casa', diz sargento que furtou grama de praça

Ele permanece na Seccional da Sacramenta, mas deverá pagar fiança para responder o processo em liberdade

Eduardo Rocha
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Na Seccional da Sacramenta, o delegado Eliezer Machado informou, neste sábado (9), que foi lavrado contra Lucélio Mesquita Teixeira, 46 anos, primeiro-sargento da Aeronáutica um auto de prisão em flagrante delito e em poder dele foram apreendidos seis tapetes de grama furtados da Praça do Arame, cujas obras de reconstrução haviam sido inauguradas pelo Governador do Estado na última quinta-feira (7). "Por meio de imagens de vídeo feitas por ocasião do furto, nós chegamos ao autor do crime, a partir da placa do veículo, e, logo em seguida, checando o endereço dele, encontramos dentro do carro dele os tapetes de grama. Ele recebeu voz de prisão, foi conduzido até esta Seccional, onde foi autuado em flagrante na forma da lei", destacou o delegado.

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De acordo com o delegado, a tipificação do crime cometido por Lucélio é fundamentada no Artigo 155, caput furto simples do Código Penal Brasileiro, cuja pena máxima não ultrapassa quatro anos. E por esse motivo, é afiançável pela autoridade policial e pode ser respondida em liberdade. No caso do militar, o valor já foi arbitrado. A princípio, ele será entregue ao Comando da Aeronáutica e, de lá, caso não preste fiança perante a autoridade policial, será encaminhado para a audiência de custódia.

Em nota divulgada no começo da noite deste sábado, a Polícia Civil informou que o militar foi autuado por furto, pagou a fiança e responderá o inquérito policial em liberdade.

Argumento

Lucélio Teixeira argumentou, perante a Polícia, que pensava que os tapetes de grama teriam sido sobras, e que, por isso, levou, por considerar que estariam sendo estragadas. "Vale a pena ressaltar que não houve dano ao patrimônio público. Caso houvesse dano, o delito deixaria de ser afiançável. A grama não estava colocada na praça, ela estava empilhada uma sobre a outra. Não causou nenhum dano", destacou o delegado Eliezer. Porém, mesmo assim, trata-se de um furto, por se tratar de propriedade do Estado. 

Até o começo da tarde deste sábado (9), Lucélio permanecia preso na Seccional da Sacramenta. Ele já foi ouvido pela Polícia e confessou que pegou os tapetes de grama. Contudo, não tinha conhecimento de que o material ainda seria utilizado pelo Estado. Ele afirmou que se tratava de uma sobra e, dessa forma, imaginou que não estaria causando prejuízo a ninguém. Lucélio chegou a afirmar que colocaria a grama no jardim da casa dele.

Em defesa 

 O advogado de Lucélio Teixeira, Marcos Bispo, compareceu à Seccional da Sacramenta, onde estão armazenados os seis tapetes de grama da Praça do Arame. Segundo Marcos, Lúcelio mora nas proximidades da praça e, à noite, ele tem o culto em uma igreja na avenida Marquês de Herval com a Dr. Freitas. Ele saiu do culto por volta das 22 horas na sexta-feira (8) e aí passou pela área da praça. Lucélio pensou que fosse sobra de grama e resolveu levar para o jardim da casa dele. "Tanto ele não estava descaracterizado, não estava com boné no rosto e a placa do carro aparecendo, ele estava com a família dele voltando do culto", disse o advogado. 

Não demorou muito, segundo o advogado, alguém ligou se identificando que era responsável pela obra e pedindo para devolver a grama. Lucélio disse prontamente devolveria, estranhando que a pessoa tivesse descoberto o telefone dele. Mas, ai, chegou a Polícia e o levou para  a Seccional. Marcos Bispo disse que a fiança de Lucélia vai ser paga para que ele possa responder o processo em liberdade.

Aeronáutica

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, em Nota, que acompanha o caso e abrirá um procedimento de apuração para elucidação dos fatos. “O Comando da Aeronáutica reitera que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão institucional”, completa a Nota.

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