Pará tem 834 alertas de bloqueios no Celular Seguro; especialista dá dicas de segurança digital

Com esse novo levantamento, o Estado contabiliza um aumento de 422 registros desde os últimos dados divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em janeiro deste ano

Saul Anjos

Desde dezembro do ano passado até esta terça-feira (12), o Pará contabilizou 834 alertas de bloqueios de celulares por perda, roubo ou furto no programa Celular Seguro. Essa ferramenta foi criada como uma forma de impedir roubo desse tipo de aparelho eletrônico. Em todo país, esse número alcança os 30 mil registros no mesmo período. Os dados foram repassados com exclusividade à redação integrada de O Liberal pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), responsável pela criação do aplicativo.

No dia 19 janeiro deste ano, o MJSP divulgou um balanço do primeiro mês do serviço. Esses números mostraram que o Pará foi o oitavo estado brasileiro com maior número de celulares bloqueados por meio do Celular Seguro, totalizando 412 bloqueios. O novo levantamento demonstra que, em quase dois meses, houve um aumento de 422 alertas (834).

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O Celular Seguro opera como um botão de emergência a ser utilizado apenas em casos de perda, furto ou roubo do celular, garantindo um bloqueio rápido do aparelho e dos dispositivos digitais. A ferramenta não permite desbloqueio. Caso o usuário emita um alerta, mas recupere o telefone, será necessário solicitar os acessos entrando em contato com a operadora e os bancos, seguindo os procedimentos descritos nos termos de uso.

Cada usuário cadastrado no programa pode indicar pessoas de confiança, que estarão autorizadas a efetuar os bloqueios, uma vez que ele estará sem o telefone. Também é possível que a própria vítima bloqueie o celular ao acessar o site do programa pelo computador.

Do mesmo modo, após o registro de perda, roubo ou extravio, as instituições financeiras que aderiram ao Celular Seguro farão o bloqueio das contas dos correntistas. Mas o sistema não permite a reversão do processo.

A pasta enfatiza que a plataforma opera em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e não acessa dados do telefone do usuário. Adverte ainda sobre fake news relacionadas ao seu funcionamento, destacando que o governo federal não envia e-mails ou links, e o registro deve ser feito diretamente pelo usuário no site ou baixando o aplicativo, sem intermediários suspeitos. 

O aplicativo está disponível para download gratuito nas lojas de aplicativos, seja dos dispositivos Android, na PlayStore, seja para os aparelhos Iphone, na App Store.

Segurança digital 

O doutor Allan Costa, professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e especialista em cibersegurança, disse que uma das principais medidas de proteção do celular a se tomar é a adoção do bloqueio do aparelho através de senhas complexas e da biometria.

“As senhas de baixa complexidade são de fácil memorização. Já as de alta complexidade envolvem letras e números. Também é preciso habilitar a autenticação de dois fatores nos aplicativos. Caso o celular seja hackeado ou clonado, o criminoso vai precisar de uma contra-senha para ter acesso ao aplicativo”, contou.

“Outra medida de segurança que precisa ter no radar é sempre atualizar o sistema operacional do celular, seja ele Android ou IOS. Hoje, quando o criminoso aproveita alguma vulnerabilidade de segurança, os criminosos se aproveitam disso”, continuou.

Segundo ele, também é importante estar atento ao gerenciamento das permissões dos aplicativos no acesso às fotos, textos ou a agenda. Outra indicação que Allan oferece é de habilitar o bloqueio e o reset automático do aparelho, assim como a utilização de redes de internet públicas. “Caso o celular tenha sido furtado, o criminoso só consegue resetar com senha. Além disso, a pessoa também precisa ter cuidado ao acessar redes públicas, principalmente em aeroportos, pois a pessoa pode ter informações pessoais e senhas roubadas”, afirma.

O professor fala também que existe uma nova tendência de crime digital atualmente, que é cometido pela Near Field Communication (NFC), tecnologia que permite que dois dispositivos troquem informações sem fio quando estão próximos um do outro. “Para que isso não aconteça, a pessoa precisa desativar o NFC ou colocar uma senha nele”, conta.

Em qualquer caso, Allan conta que uma das melhores soluções é o uso de um chip virtual. “Com isso, o criminoso não consegue desligar o aparelho ou desativar a rede sem fio, porque não tem mais nada no celular. Fica tudo travado. Mas, para ter uso do chip virtual, é preciso ir presencialmente na sua operadora, ver se o seu aparelho consegue utilizar essa tecnologia e depois fazer a solicitação para a troca desse chip”, informou. 

Registrar furtos e roubos é importante

A Polícia Civil informa que, em caso de furto ou roubos de celulares, é importante fazer o Boletim de Ocorrência (B.O). As denúncias podem ser feitas em delegacias ou on-line pela Delegacia Virtual. Também é possível denunciar pelo programa alerta celular.pa.gov.br, que cadastra telefones celulares em um banco de dados virtual, auxiliando na recuperação do aparelho em casos de furto ou roubo.

 Confira as principais dicas de segurança digital

- Utilizar senhas de alta complexidade (letras e números) e a biometria do aparelho;

- Habilitar a autenticação de dois fatos nos aplicativos;

- Sempre atualizar o sistema operacional do celular ;

- Gerenciar permissões concedidas aos aplicativos, principalmente em fotos, textos e agendas;

- Habilitar o bloqueio e reset automático do celular;

- Evite conectar-se em redes públicas de internet;

- Não clique em link suspeitos;

- Sempre manter o e-mail de recuperação de redes sociais em dia;

- Desativar o NFC;

- Utilizar chip virtual ou senha alfanumérica no chip.

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