Museu Paraense Emílio Goeldi é declarado como Território Indígena

Secretaria dos Povos Indígenas destaca que iniciativa se soma às ações do Estado voltadas à valorização dos povos indígenas

O Liberal
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O Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém, foi declarado como Território Indígena, na última terça-feira (19), data em que ocorre​u a abertura da 17ª “Primavera dos Museus”, que segue até o próximo sábado (23), com ações que envolvem trilhas, mesa redonda, exposição e venda de produtos indígenas. Segundo a Secretaria dos Povos Indígenas (Sepi), que esteve presente na cerimônia, o reconhecimento reflete as iniciativas da Sepi visando a aproximação com os povos indígenas e sua inserção nos espaços institucionais.

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A cada ano, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) convoca todos os museus do Brasil a refletirem sobre temáticas importantes. O tema da edição deste ano é “Memórias e democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas”. Para o coordenador da Museologia do MPEG, Emanoel Fernandes, a oportunidade é propícia para que essas populações, que historicamente estiveram fora dos debates dos museus, sejam inseridas com protagonismo.

Acho que esse é um momento muito importante para que nós, que estamos atuando no museu, possamos não só trazer essas reflexões, mas realmente pautar isso no nosso dia a dia”, explica.

A declaração do parque como Território Indígena, segundo Emanoel Fernandes, é um importante passo na valorização desses povos. “O objetivo é reafirmar nosso compromisso com os direitos dos povos indígenas, com os valores democráticos e com a diversidade de povos. A ideia é que, ao longo desse período, a gente continue trazendo essas ações para fortalecer a relação do museu com os povos indígenas”, revela.

O secretário-adjunto da Sepi, Ubirajara Sompré, liderança da etnia Gavião, celebrou a iniciativa do MPEG, que sinaliza parte dos esforços de vários agentes institucionais.

“O Museu Emílio Goeldi sempre abriu as portas para as discussões e palestras dos povos indígenas e agora, com esse reconhecimento, a gente se sente muito feliz e seguro. É um espaço que vem a somar com outras instituições que estão abrindo e reflorestando mentes”, destaca Ubirajara Sompré.

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