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Hipertensão levou 3 mil paraenses à internação em 2022; no Pará, são 890 mil hipertensos

Cerca de 40% das pessoas que procuram o programa de tratamento da hipertensão não continuam o tratamento, como aponta o Ministério da Saúde

Victor Furtado
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O Pará tem 894.382 pessoas hipertensas. O levantamento é do Ministério da Saúde, com base em dados de atendimentos feitos na atenção primária do Estado; ou seja, pessoas que, em algum momento, procuraram uma unidade de saúde dos 144 municípios. Desse total, 3.007 foram internados em 2022. Entre janeiro e fevereiro, foram 394 internações. Os dados foram publicados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por conta do Dia Nacional de Prevenção à Hipertensão Arterial, celebrado nesta quarta-feira (26). Um dos principais alertas é que é possível haver alteração na pressão arterial sem que a pessoa sinta um mínimo de mal-estar.

Nas estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 40% dos pacientes que já procuraram o programa não continuam o tratamento, o que pode comprometer a prevenção contra agravamentos da doença. Entre as principais complicações estão a falência dos rins, que leva à máquina da hemodiálise, o entupimento de artérias, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto. Por conta disso, a Sespa orienta a população paraense a procurar as Unidades Básicas de Saúde para verificar a pressão arterial. 

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A hipertensão é uma doença crônica não transmissível, podendo apresentar sintomas ou ser muito silenciosa. As manifestações mais clássicas que indicam alterações na pressão arterial são tonturas, falta de ar, dor na nuca, dor de cabeça frequente, palpitações, náuseas, cansaço repentino e visão turva. Na maioria das vezes, pessoas com ritmos muitos intensos de vida, com excessos de alimentação e consumo de determinados produtos de risco e poucos cuidados preventivos, sentem esses sintomas e acreditam não ser nada de mais.

Alguns fatores de risco, como o hábito de fumar, peso elevado, sedentarismo, alimentação inadequada e histórico familiar aumentam as chances do surgimento da doença. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) já atestou que mais de 30% da população brasileira apresenta a doença. Na mais recente diretriz da SBC, editada em novembro de 2020, os novos valores de referência para a detecção da doença são: 130 milímetros de mercúrio (mmHg) por 80 mmHg (o chamado 13 por 8); e para as medições em consultório, os valores de referência para hipertensão continuam sendo de 140 mmHg x 90 mmHg (14 por 9). O 12 por 8 continua sendo a referência de bem-estar.

A coordenadora do Programa de Controle de Doenças Crônicas Não Transmissíveis da Sespa, Silvia Corrêa, orienta que a população procure as Unidades de Saúde, que ofertam os serviços de diagnóstico, tratamento e monitoramento dos hipertensos, que são cadastrados no Sistema de Informação do SUS, garantindo dessa maneira a continuidade do cuidado. O acompanhamento desses usuários é feito para controle da doença com a utilização de medicamentos. Se necessário, os remédios poderão ser adquiridos gratuitamente nas farmácias credenciadas no Programa Farmácia Popular mediante prescrição médica.

Esses cuidados garantem também uma melhor qualidade de vida aos usuários, reduzindo os fatores de riscos e a morbi-mortalidade por essas doenças e suas complicações, priorizando a promoção de hábitos saudáveis de vida. “As UBS espalhadas pelo Pará oferecem linha de cuidado da hipertensão e nós, da Sespa, capacitamos os médicos, enfermeiros e executores dos serviços de saúde municipais, estaduais e filantrópicos”, explica Silvia Corrêa.

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