Entre o abstrato e o contemporâneo, artista de Santarém faz sucesso com suas telas
Inspiração, sensibilidade, e talento fazem parte do trabalho do artista plástico
Com inspiração, sensibilidade, e talento, o artista plástico Alexandre Moreira faz sucesso com a pintura em telas no município de Santarém. O artista tem traços que permeiam entre a agressividade das pinceladas, em cores vigorosas, com a leveza dos traços, gerando um misto de sensibilidade e drama. Alexandre pinta telas há mais de 30 anos, para ele, a atividade traduz as dores e sentimentos que carrega consigo.
O Ateliê de Alexandre funciona na casa onde reside, nela, virou uma espécie de exposição das obras que produz, as paredes têm pinturas coloridas com traços abstratos agressivos e alguns desenhos leves que imitam círculos, deixando-a parecida com uma tela gigante que abriga telas menores.
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Alexandre conta que não tem um estilo de arte definido para pintura, pois ele gosta de mesclar as artes abstratas com contemporâneas e outros estilos. O artista conta também que cada tela é feita em série de 5, com exceção das de música, que são dez por obra.
“Tenho um estilo misto, não foco em um, porque nas artes plásticas a mistura do contexto artístico é muito melhor. Logo no início eu ficava nas abstrações e Impressionismo, hoje não, hoje se tem nas minhas telas todos tipos de estilo: expressionismo, barroco, para fazer uma harmonia entre as telas que são pintadas por mim”, enfatizou.
Outros talentos
As obras na parede revelam a sensibilidade do artista que tem o dom de transformar o mundo ao seu redor em arte. O exemplo disso são as esculturas feitas por ele com peças de carros, motos e bicicletas que não teriam mais utilidade. Nas mãos de Alexandre, esses itens viram esculturas de instrumentos musicais.
Outro talento do artista é a música que surge como uma epifania nos momentos em que está viajando no mundo colorido de telas que pinta, a poesia também se faz presente no processo criativo.
Alexandre conta que desde criança sentiu um fascínio pela arte, e aos 19 anos ele participou de alguns projetos de pinturas e restaurações, onde tentou entrar no hall dos gênios artistas, mas não obteve êxito. Diante da negativa, ele começou a pintar outros gêneros e 10 anos depois conseguiu fazer parte do hall.
“O hall é quando o artista é escolhido para fazer parte do país e ser reconhecido por suas obras tanto nas cidades e estados quanto nos países, principalmente da Europa e América Latina”, enfatizou.
Arte virou terapia
Alexandre conta que teve um início de crises de ansiedade, e encontrou refúgio nas artes. “A arte tem me ajudado muito a superar todo esse processo porque as artes plásticas vem fechar essas lacunas. Todo artista plástico é um ser sensível, ele tem facilidade com todo esse processo de analisar e transformar as coisas ao redor”, contou.
Alexandre diz que não tem inspiração e sim um processo de desenvolvimento artístico, pois a inspiração vem quando se é mais jovem, e hoje ele tem o conhecimento do que é pintado.
“A aquisição da noção do que se é desenhado, é muito mais valoroso do que determinar apenas um tipo de arte. Dentro das minhas pinturas têm uma variação que cobre todos os tipos de efeitos artísticos e isso é muito bom para o artista”, contou.
Esse é o meu momento de posse, onde vou determinar que tipo de pintura eu vou fazer. Se ela vai ser um pouco mais bruta ou suave, ou ambas. Algumas das obras são usadas como material pedagógico por uma professora em Belém pela definição de cores e traços.
O artista conta que a procura pelas obras pintadas por ele tem aumentado cada vez e virou fonte de renda. “Basta publicar uma foto na rede social que ela rapidamente é vendida, nem precisa oferecer. A parte boa disso é que toda arte quando analisada por outra pessoa deixa de ser do artista, pois quando alguém tem respeito e admiração pelo trabalho, ele fica mais valoroso”, relatou.
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