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Deslizamento em Abaetetuba: Alepa pode criar comissão para acompanhar crise na cidade

O requerimento é de autoria da deputada estadual Lívia Duarte (PSOL), que também solicitou uma sessão especial para tratar da situação; o requerimento ainda não foi votado

Gabriel Pires
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Após o deslizamento de terra que atingiu o bairro de São João, no município de Abaetetuba, nordeste paraense, no último domingo (26), foram protocolados, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), dois requerimentos que visam instituir a Comissão Externa de deputados para acompanhar a situação de calamidade instalada na cidade. E, também, a realização de uma sessão especial na Alepa com a participação de moradores e de representações políticas do município. As proposições foram apresentadas nesta terça-feira (28) e ainda serão votadas pelos parlamentares.

O requerimento é de autoria da deputada estadual Lívia Duarte (PSOL), que visitou o município no dia seguinte à erosão, junto ao Governador do Estado, Helder Barbalho, para acompanhar a situação no local. O incidente destruiu diversas casas da região, desalojando 108 famílias. Durante pronunciamento da Alepa, nesta terça-feira (28), a deputada manifestou solidariedade aos atingidos.

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"Estive ontem junto com o governador, a prefeita Francinete Carvalho, a vereadora Professora Madalena Silva (PSOL) e o ex-senador José Nery (PSOL). O governador acerta em ir à Abaetetuba para dizer o que está sendo feito, sempre é mais importante que a gente diga algo entendendo e vendo o que está acontecendo. Dizer uma catástrofe como essa, dos nossos gabinetes, é importante, mas não é tão bacana porque as pessoas estão ali esperando que a gente esteja lá" disse a deputada.

Medidas

"Agradeço às instituições que estão prestando assistência ao município, como a Polícia Militar e a Defesa Civil. É muito triste que a gente veja pessoas desabrigadas em pleno século XXI por viverem em áreas em que não se escolhe morar, ninguém escolhe morar em zona de risco, as pessoas vão porque é o jeito. Se você tem um solo aterrado com moinha (resto de madeira picado), serragem e caroço de açaí uma hora vai cair, é óbvio. Precisamos de política pública estruturante que faça estudo geológico e topográfico", defendeu.

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Dependendo da situação individual de cada uma das 108 famílias que tiveram de sair de casa após os deslizamentos, alguns benefícios serão concedidos. Helder lembra outros deslizamentos e fragilidade de terra onde o incidente ocorreu.

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A Prefeitura atualizou número de famílias atingidas para 108, sendo que apenas uma está no ginásio transformado em abrigo. Os acessos aos dois bairros atingidos foram bloqueados.

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Desde a tarde de domingo, após os incidentes, o Governo do Estado montou uma força-tarefa de apoio às vítimas

Segundo ela, a Comissão Externa do Legislativo Estadual terá o papel de pensar soluções efetivas e eficazes para o problema da moradia em Abaetetuba. "Vamos ter que tirar muita gente daquela orla se a gente não quiser que se repita, pois esse é o segundo episódio em menos de dez anos. Tivemos em 2014 um deslizamento muito parecido em Abaetetuba, no bairro do lado. Vamos ter que dar soluções", disse.

 A parlamentar sugeriu a construção de um conjunto habitacional, com o apoio do Ministério das Cidades, para remanejar famílias afetadas e em áreas de risco. "Conversei com uma senhora grávida que saiu da casa dois segundos depois a casa desmoronou. Moradia é um direito constitucional", destacou Lívia.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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