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Colesterol 'ruim': novo medicamento Inclisiran reduz taxa em 50%

Especialista em Belém explica como funciona o remédio prestes a ser comercializado ao público no Brasil

Eduardo Rocha
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Um novo medicamento contra o colesterol "ruim", o Inclisiran, deverá em breve estar disponível nas farmácias brasileiras para auxiliar na prevenção a doenças graves provocadas pelo acúmulo de gordura nas artérias. "A grande vantagem do Inclisiran é que é feito de forma subcutânea e semestral . O custo ainda é um empecilho; apesar de já ter sido aprovado pela Anvisa, ainda não foi batido o martelo sobre o preço ao consumidor. A maior e melhor indicação seria na prevenção, ou seja, aqueles pacientes que já tiveram infarto e/ou derrame cerebral e precisamos manter níveis bem baixos do colesterol ruim, para evitar um segundo evento ( ele reduz em mais de 50% o colesterol ruim)", afirma, em Belém, o médico endocrinologista Rubens Tofolo,  que integr a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

Tofolo destaca que existem dois tipos de colesterol ( HDL e LDL ) . O HDL é o colesterol do “bem”, pois atua de uma forma benéfica tentando retirar  a gordura que está nas artérias . Já o LDL é o colesterol (“mau “ ) , justamente o que gruda na parede das artérias. Quatro em cada 10 brasileiros têm aumento do mau colesterol", frisa.

Como informa o médico, no Brasil os dados auferidos para colesterol são bastante conflitantes , pois os únicos dados disponíveis são feitos por meio de contato telefônico ( Vigitel) , ou seja ,  são autorelatados. "Estima-se no Para 22,2% em mulheres  e 17,6% em homens; porém, tem um estudo feito em crianças e adolescentes de escolas privadas em Belém mostrando prevalência 34,6% ( escolares 6-19 anos )", acrescenta.

Sintomas e atenção

Os sintomas de que uma pessoa está com colesterol alto abrangem tonturas , sensação de formigamento e queimação nos pés. Pode haver também nódulos no corpo (por causa do depósito de gordura na pele ) e um anel mais esbranquiçado ao redor da córnea do olho. Para se diagnosticar o problema, deve-se providenciar exames de colesterol no sangue no jejum de 12 horas . 

"Inicialmente, se faz tratamento apenas com mudança de estilo vida ( dieta e atividade física ) repetindo exame com três meses. Caso se mantenha alto , entramos com medicações, como estatinas de forma contínua . Caso não reduza aos níveis desejados e/ ou haja intolerância às mesmas, podemos lançar mão dos inibidores de PCSK9 que são feitos através de injeções quinzenais, mensais e mais moderadamente semestrais ( inclisiran)", ressalta Rubens Tofolo.

Esse medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, ainda não está nas farmácias do Brasil. Como explica Tofolo, depois de aprovado, leva-se em torno de seis meses para definir preço e chegar nas farmácias.

“Mas já temos outros da mesma classe do Inclisiran já no mercado, porém com aplicações quinzenais e/ou mensais (reduzem colesterol ruim em 40%). Já temos nas farmácias alirocumabe ( praluent) e evolocumabe (Repatha). Custo um mil reais injeção quinzenal”, declara o  médico. Os medicamentos dessa classe devem ser comprados mediante receita branca com duas vias (controlada)", completa o endocrinologista. 





 

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