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Carnaval: entenda os significados da festa que atravessa a história para empolgar multidões

Desde a Idade Média, o Carnaval mostra sua força. Em Belém, tradição perdura nas ruas e nos salões

Eduardo Rocha

Da Sexta-Feira Gorda até a Terça-Feira Gorda, o Brasil inteiro dança o Carnaval 2023, mantendo uma tradição que sobreviveu aos dias sombrios da pandemia da covid-19, e, então, pessoas de todas as idades caem na folia, em atitude que data de muito tempo. Como conta o professor e historiador Michel Pinho, o Carnaval é uma festa pagã com enorme popularidade durante a idade média, onde por exemplo, já se observava a troca de papeis onde homens se vestiam de mulheres e mulheres se vestiam de homens. No Brasil do século XIX, o entrudo foi uma festa tão popular que chegava até a corte com os festejos de Dom Pedro II.

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Como explica o professor Michel, o período anterior à Semana Santa, marcado pela festa de Carnavalis, é muito importante durante a Idade Média, não só pelo consumo da carne, mas também pelo consumo da carne do ponto de vista imaginário, em relação à sexualidade, à formação dos divertimentos, do consumo de álcool, fazendo daquele período um período de exceão numa época em que a religiosidade era muito forte. "Então, o Carnaval tem essa característica de sair do cotidiano para um mundo imaginário de prazer e de busca de satisfação", assinala.

"O Carnaval brasileiro sofre grande mudança no final do século XIX com o aparecimento dos festejos da rica burguesia; em Belém, por exemplo, surge o costume de se fotografar comas fantasias de Carnaval, o que já mostrava o pode econômico destas classes sociais; ao lado desta riqueza, podemos observar a presença de Cordões de Carnaval pela cidade nos bairros do jurunas e em São Brás, onde um multidão se aglomerava perto do mercado do bairro", relata Michel.

Entre escolas, blocos e rainhas, uma história é construída

Na avaliação de Michel Pinho, o Carnaval é fundamental para a cultura brasileira, pois "faz parte da nossa cidadania cultural". Ele pontua que as escolas de samba geram emprego e renda, os blocos movimentam os bairros, o comércio vende fantasias. "Mas destaco que além do comércio o Carnaval traz bem-estar, gera alegria, pertencimento; afinal, quem não lembra dos seus carnavais?", indaga.

Na década de 30 do século XX, "os clubes das cidades brasileiras começaram a entoar uma forma específica de Carnaval que foram os bailes e entre as inúmeras vertentes estavam os bailes de máscaras; em Belém, um bom exemplo é o evento Rainha das Rainhas que completou 75 anos".

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