2ª Caminhada Down de Castanhal reúne centenas de pessoas no centro do município

A caminhada é alusiva ao Dia Internacional da Síndrome de Down que foi instituído como uma estratégia de conscientização acerca dos direitos e igualdade de oportunidades das pessoas com a síndrome

Patrícia Baía
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A 2ª Caminhada Down de Castanhal, partiu às 9h da manhã, desta quinta-feira (21), da praça da Matriz, centro do município localizado na região nordeste do estado, e seguiu cerca de um quilômetro pela avenida Barão do Rio Branco e retornou para a praça. O percurso pequeno, mas com grande significado para as centenas de pessoas que participaram do evento alusivo ao Dia Internacional da Síndrome de Down.

O evento que teve como tema “Chega de estereótipo e abaixo o capacitismo”, marcou também o encontro de famílias e profissionais que atuam na socialização de cidadãos com síndrome de Down e outras deficiências. A realização foi da Associação Mãos Dadas Cromossomos 21 em parceria com o Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência e prefeitura de Castanhal.

“Este é o nosso segundo ano e podemos perceber o quando o movimento cresceu. Muito mais pessoas se juntaram a nós, pais de pessoas com síndrome de Down e outras deficiência, para lutarmos pelos direitos deles serem inclusos na sociedade. Queremos que todos escutem o nosso grito por mais políticas públicas para todos eles não só aqui em Castanhal”, explicou a diretora da Associação Mãos Dadas Cromossomos 21, Cleide Paiva.

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image A autônoma Glenda Natália da Silva, mãe do Azafe participou pela primeira vez da caminhada (Patrícia Baía / O Liberal)

A autônoma Glenda Natália da Silva, mãe do Azafe participou pela primeira vez da caminhada e contou que sente muita dificuldade em encontrar o tratamento de fonoterapia para o filho de dois anos.

“O Azafe tem síndrome de Down e tenho muito orgulho de ser mãe dele. Faço de tudo por ele, mas em Castanhal falta ainda muita coisa. A terapia com a fonoaudióloga é algo que quero muito começar, mas o único lugar que tem é tão afastado do meu bairro e infelizmente meu único meio de locomoção é a bicicleta. Por isso eu luto para que possa ter uma fonoaudióloga no postinho do meu bairro”, disse Glenda Natáliada Silva.

Capacitismo

Durante a caminhada mães e profissionais pediram o fim do capacitismo, que é a discriminação e o preconceito social contra pessoas com alguma deficiência. A Geovanna Lima, mãe do Daniel, de 15 anos, falou sobre situações constrangedoras que sempre passa com o filho, principalmente em lojas e supermercados.

“O capacitismo é uma barreira atitudinal que agride e dificulta o bem-estar das pessoas com deficiência. Quando estamos em lojas e mercados as pessoas ficam olhando para meu filho de forma que nos deixa triste  e constrangidos. E ainda tem pessoas que falam que ele é tão bonito, mas que é uma pena ele não poder andar”, disse Geovanna Lima.

 

 

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