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Pará lança plano de recuperação de florestas na COP 28

Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Pará, que já conta com financiamento do BNDES, pretende restaurar 5,6 milhões de hectares de áreas degradadas

Ádria Azevedo e Fábia Sepêda | Especial para O Liberal
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O Governo do Pará lançou, neste sábado (2), na 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 28, em Dubai, o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Pará. No anúncio, o governador Helder Barbalho explicou que a meta é restaurar 5,6 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030. 

“A intenção é que nós possamos recuperar áreas degradadas do Estado, com uma meta ambiciosa de 5,6 milhões de hectares até 2030, envolvendo áreas públicas e privadas, com financiamento e apoiamento, seja no pagamento por serviços ambientais ao agricultor da agricultura familiar ou na mobilização para a recomposição, com oferta de financiamento e de mudas e apoiamento técnico”, destacou Barbalho. 

De acordo com o chefe do Executivo paraense, isso vai garantir a monetização da floresta. “Com essa recuperação de áreas, vamos transformar restaurar numa nova modalidade de economia voltada à preservação, fazendo com que efetivamente esse seja um novo viés que gere oportunidade de renda àqueles que atuam nas áreas de floresta a serem recuperadas, e consequentemente [promovendo] desenvolvimento com sustentabilidade”, afirmou. “Floresta viva, floresta em pé, gera captura de carbono e consequente monetização destas áreas”, completou. 

“Vamos pagar ao produtor por preservar a floresta: quanto mais ele preservar, mais vai ter. Ele vai ganhar mais pelo hectare produzindo do que degradando. A ideia é colocar o Estado do Pará no horizonte que consorcia a necessidade de nós combatermos a ilegalidade, frear o desmatamento e, acima de tudo, ele aponta para a transição do modelo do Estado”, destacou Helder Barbalho.

O Plano de Recuperação da Vegetação Nativa é uma das principais ferramentas para atingir as metas climáticas do Estado, por meio da redução das emissões líquidas através do sequestro de Gases de Efeito Estufa (GEE). É um complemento à primeira estratégia adotada, o combate ao desmatamento. O documento foi construído coletivamente, com a participação de mais de 40 membros, entre órgãos públicos, instituições de pesquisa, setor privado, povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais e terceiro setor.

Financiamento

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, esteve presente no lançamento do plano e garantiu que já há financiamento para sua execução, por meio de uma iniciativa que contempla também os outros estados amazônicos.

“O BNDES está lançando um plano para toda a região amazônica, não apenas para o Pará. O projeto específico do Pará é bastante ambicioso. Nós estamos anunciando um programa de R$ 450 milhões para o reflorestamento da Amazônia. É um dinheiro não reembolsável no Fundo Amazônia, veio da solidariedade internacional. E mais R$ 550 milhões de crédito a juros de 1% paro setor empresarial”, anunciou.

O gestor explicou que os R$ 450 milhões já estão disponíveis, com edital aberto para comunidades. Já para os R$ 550 milhões, que serão destinados a empresas, ainda será lançado um edital.  

“Isso gera muito emprego, o viveiro, o plantio, e as comunidades têm um papel especialmente na floresta produtiva, porque esse reflorestamento pode produzir mais açaí, mais cupuaçu, mais castanha-do-pará, inclusive madeira de lei, mais cacau. Estamos aqui dando uma lição para o mundo. A solução mais rápida para a gente combater o aquecimento global é plantar árvores na Amazônia. O  BNDES tem sido um parceiro muito forte na construção da COP 30 e agora está dando respaldo a todos os governadores que tomarem a mesma iniciativa [que o Estado do Pará]. Vamos plantar árvores, restaurar florestas, preservar esse bioma e contribuir decididamente para enfrentar a crise climática”, enfatizou.

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