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Venezuelanos correm para aproveitar inversão rara em tendência da taxa de câmbio

População formou filas diante das casas de câmbio que andavam praticamente desertas

Reuters

É uma visão incomum em Caracas: filas formadas diante das casas de câmbio que andavam praticamente desertas desde que o governo da Venezuela adotou controles cambiais há 16 anos.

A explicação é que a taxa de câmbio oficial para remessas da diáspora crescente de venezuelanos ao exterior está mais atraente do que a do mercado negro, uma inversão de uma dinâmica persistente.

O governo está afrouxando os controles na tentativa de captar mais dólares agora que seu estoque de moeda forte está pressionado por sanções dos Estados Unidos, impostas para ajudar a oposição venezuelana a afastar o presidente Nicolás Maduro, disseram fontes da indústria.

Na semana passada o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, impôs sanções abrangentes à estatal petroleira venezuelana PDVSA, uma fonte crucial de rendimentos para o país da Opep.

"Ao menos por ora, vale a pena vir aqui", disse Laura Espana ao sair de uma filial da Italcambio, uma das casas de câmbio autorizadas pelo governo Maduro a operar. A Italcambio não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Laura disse que esteve na casa de câmbio duas vezes ao longo da última semana para receber bolívares pela moeda forte enviada por sua filha, que mora no exterior.

Na terça-feira a taxa oficial era de 3,297 bolívares por dólar, bem acima do índice do mercado negro, que estava ao redor de 2,486 bolívares, segundo o site DolarToday.

Um número cada vez maior de venezuelanos recebe remessas, já que cerca de um décimo da população de 30 milhões de habitantes emigrou nos últimos anos por causa de um colapso econômico.

Consultorias estimam que estas remessas se aproximem de 1 bilhão de dólares por ano.

"Estou recebendo ajuda de alguém no exterior para comprar alguns remédios", disse a estudante Anggy Ochoa diante de uma casa de câmbio.

O governo Maduro tentou obrigar os cidadãos a converter suas remessas pela taxa de câmbio oficial, em parte para conter a inflação, que é a mais alta do mundo.

Economistas dizem que os próprios controles, adotados pelo governo do antecessor de Maduro, Hugo Chávez, são parcialmente culpados pelos preços exorbitantes e por uma crise econômica que levou a uma crise política.

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