Temperatura pode chegar aos 41°C até sábado em Nova York, aponta Serviço Nacional de Meteorologia

Junho de 2023 foi o mês mais quente já registrado nos EUA em uma série histórica que data de 1850

Luciana Carvalho
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A temperatura em Nova York, nos Estados Unidos, pode chegar aos 41°C até sábado (29). As altas temperaturas, registradas em diversas outras partes do mundo nas últimas semanas, fizeram o Serviço Nacional de Meteorologia emitir, pela primeira vez em dois anos, um alerta de calor extremo para a cidade até a noite desta sexta (28) e mobilizaram autoridades. 

Junho de 2023 foi o mês mais quente já registrado nos EUA em uma série histórica que data de 1850. Foi também o 532º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século 20.

"O calor mata mais nova-iorquinos todos os anos do que qualquer outro tipo de evento climático extremo. O acesso a locais para se refrescar é questão de vida ou morte", declarou o prefeito de Nova York, Eric Adams, em entrevista coletiva. O parlamentar disse que 500 desses centros de resfriamento - que inclui piscinas públicas, bebedouros, chafarizes, parques com sombra e bibliotecas - estarão abertos nos próximos dias. 

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Pessoas que não possuem ar-condicionado em casa foram incentivadas a permanecer em um desses locais, que estão reunidos em um mapa, nas horas mais quentes do dia. Até sábado, piscinas públicas ficarão abertas até as 20h, uma hora a mais em relação ao horário de fechamento em dias comuns.

A preocupação com as altas temperaturas se estende até mesmo aos pets. "Lembre-se de dar bastante água para seus animais de estimação beberem. Não queremos que nenhum companheiro sofra", afirmou o prefeito, que incentivou os moradores a levarem os animais a locais com ar-condicionado.

De acordo com o Bureau of Labor Statistics, o calor extremo é a principal causa de mortes relacionadas ao clima nos EUA. Segundo o órgão, 436 trabalhadores morreram devido ao clima desde 2011. "O calor é o mais mortal de todos os eventos climáticos extremos", disse o comissário de saúde, Ashwin Vasan.

Calor em outras cidades

A população de Nova York não é a única a sofrer com essa onda de calor. Cerca de 180 milhões de americanos — ou metade da população dos EUA — estão sob alerta e poderão enfrentar temperaturas bem acima dos 37°C neste fim de semana. "Ninguém mais pode negar os impactos da mudança climática", disse o presidente americano, Joe Biden, durante um encontro com os prefeitos de Phoenix, no Arizona, e San Antonio, no Texas, para falar sobre os efeitos do calor no sul do país.

"Mesmo aqueles que negam que estamos no meio de uma crise climática não podem negar o impacto que o calor extremo tem nos americanos", disse o democrata. Phoenix chegou na última quinta-feira (27) ao 28º dia consecutivo de temperaturas acima de 43,3°C.

Na Filadélfia, além de abrirem centros de resfriamento, as autoridades criaram uma linha telefônica de ajuda para idosos. A maior cidade do estado da Pensilvânia está em emergência de calor até sábado.

Pelas redes sociais, a prefeita de Washington deu dicas para passar pelos dias de calor e compartilhou um número para pedir gratuitamente transporte para um centro de resfriamento. "Os próximos quatro dias serão extremamente quentes —cuidem de si mesmos e das pessoas ao seu redor", afirmou Muriel Bowser. Espera-se que a sensação térmica na capital do país chegue a 41,7°C.

Mais países enfrentam onda de calor

Outras países também sofrem com o calor extremo. A Grécia retirou milhares de pessoas de duas ilhas turísticas no começo da semana devido aos incêndios florestais causados pelas altas temperaturas. Na Itália, ao menos cinco pessoas morreram devido às tempestades no norte e aos incêndios na Sicília. Também houve incêndios em Portugal, na orla do Atlântico e nos arredores de Cascais, popular destino de férias a noroeste de Lisboa, onde centenas de bombeiros foram mobilizados para conter as chamas.

O aumento da frequência e da intensidade dos eventos extremos está ligado à crise climática provocada pelo aquecimento global, de acordo com cientistas e órgãos especializados no tema.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com).

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