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O que é Grupo Wagner: veja os mercenários ligados à Rússia que se rebelaram contra o país

Putin foi informado pelo pelo procurador-geral da Rússia sobre os procedimentos jurídicos contra Yevgeny Prigozhin

O Liberal
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Empresa paramilitar privada com fortes vínculos com o Kremlin, o Grupo Wagner iniciou, nesta sexta-feira (23), uma campanha para destituir o ministro da Defesa da Rússia. Esses mercenários foram empregados pelo presidente russo, Vladimir Putindurante a guerra contra a Ucrânia. Por conta disso, parte dos combatentes do grupo decidiu se mobilizar pelas ruas do país. É a crise política interna mais grave desde que Putin chegou ao poder.

O Grupo Wagner não atua só na ucrânia. Os mercenários liderados por Yevgeny Prigozhin já prestou serviço em guerras civis na África, onde apoiam líderes autoritários ou grupos políticos que tentam tomar o poder, como em Moçambique, onde extremistas islâmicos tentam derrubar o atual governo. O grupo também tem forte presença na Síria, onde treina o exército do país e também milícias que lutam pelo governo de Bashar al-Assad.

Veja a análise do conflito e das ações do Grupo Wagner e de Putin:

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Países onde o Grupo Wagner atuou

  • Líbia
  • Mali
  • Burkina Faso
  • Camarões
  • Moçambique
  • Madagáscar
  • República Centro Africana
  • Sudão
  • Síria
  • Ucrânia 

De pequeno criminoso a aliado de Putin

O criador do grupo paramilitar é um antigo conhecido de Putin. Prigozhin é um antigo criminoso da cidade de São Petersburgo, onde cumpriu penas por crimes como roubo e extorsão. Ele acumulou fortuna a partir de seus laços com Vladimir Putin, quem conheceu na cidade do Neva e passou a realizar serviços a favor dos interesses do presidente russo. Prigozhin conseguiu criar o maior grupo paramilitar com o apoio de Putin, se tornando uma espécie de 'Senhor da Guerra' com sua empresa mercenária Wagner, chave na invasão da Ucrânia e muitos outros conflitos como o braço armado não oficial do Kremlin, sempre havia servido leamente a Putin.

Início do conflito

O conflito teve início quando o líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, acusou o governo russo de realizar ataques contra os acampamentos da organização. Prigozhin prometeu retaliar, o que levou o procurador-geral da Rússia a abrir uma investigação contra ele por suspeita de organizar uma rebelião armada.

Nas primeiras horas de sábado (24) na Rússia, Prigozhin anunciou que suas forças haviam chegado a Rostov, uma região perto da Ucrânia, e que encontraram pouca resistência por parte dos militares que estavam nos postos de controle.

Rússia abre processo criminal contra chefe do Grupo Wagner

O Procurador-Geral da Rússia, Igor Krasnov, apresentou um relatório ao presidente Vladimir Putin informando sobre o início de um processo criminal contra Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner. As informações são de Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.

Na sexta-feira (23), Krasnov informou a Putin sobre o início desse processo criminal, relacionado a uma tentativa de organizar uma rebelião armada, conforme divulgado pela mídia estatal russa RIA Novosti.

O Procurador-Geral também discutiu a legalidade desse processo criminal com o presidente.

Grupo Wagner ameaça retaliar

Antes do processo criminal, Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, acusou a liderança militar russa de atacar um dos acampamentos militares do grupo, resultando em um grande número de baixas entre suas forças mercenárias.

Prigozhin alegou que o Ministério da Defesa russo enganou o Grupo Wagner e prometeu responder a essas ações consideradas atrozes.

image Novo mercenário de Putin é morto em conflito na Ucrânia
Vladimir Andonov fazia parte do Grupo Wagner, uma organização acusada de cometer crimes de guerra e violar direitos humanos

Em uma nota de voz divulgada no Telegram, ele afirmou: “Eles nos enganaram sorrateiramente, tentando nos privar da oportunidade de defender nossas casas e, em vez disso, caçar Wagner. Estávamos prontos para chegar a um acordo com o Ministério da Defesa para entregar nossas armas e encontrar uma solução para continuarmos a defender país. Mas esses canalhas não se acalmaram”.

Prigozhin declarou que muitas vidas de soldados russos seriam punidas como retaliação, pedindo que ninguém oferecesse resistência. Ele advertiu que qualquer bloqueio de estradas ou aeronaves sobrevoando suas cabeças seria considerado uma ameaça e seria imediatamente destruído.

Ele pediu às pessoas que permanecessem em casa e mantivessem a calma, evitando provocação.

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