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Mulher trans é processada por usar véu muçulmano e roupas femininas

Na segunda-feira (18) Sajat anunciou que havia fugido para a Austrália para não ser presa.

O Liberal
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Nur Sajat, uma mulher trans da Malásia, se refugiou na Austrália depois de ter sido perseguida em seu país de origem por ter usado um véu islâmico durante uma sessão de orações. As informações foram publicadas no “New York Times” nesta quinta-feira (21) e divulgadas no portal G1 Nacional.

A Malásia tem um sistema legal duplo: os muçulmanos seguem a lei da Sharia (ou seja, baseada nos preceitos do Islã). Os outros seguem um código civil. O governo tem apoio dos muçulmanos, e tem passado leis rígidas relativas à vida dos LGBTQI+ do país.

Sajat usou um véu muçulmano em fevereiro de 2018, para participar de uma oração durante a inauguração de um prédio na capital do país, Kuala Lumpur. Depois de três anos, ela foi processada por ter insultado o Islã e usado roupas femininas.

Na segunda-feira (18) a mulher trans anunciou que havia fugido para a Austrália para não ser presa. A pena que Sajat enfrentaria na Malásia seria, provavelmente, ser enviada a um “centro de reabilitação” para pessoas trans. O ministro de Religião do país, Idris Ahmad, afirmou que esses centros são lugares menos rígidos que prisões.

Sajat disse ao jornal que ela é de família muçulmana e que foi criada nessa religião. Ela afirma que faz muita caridade, que é um dos preceitos do Islã, e que seu negócio segue as regras para ser certificado como halal (ou seja, que segue as regras do Islã).

Prisão e assédio

De acordo com o jornal, em janeiro, Sajat foi convocada ao departamento de assuntos religiosos do estado onde sua empresa de bem-estar funciona. Ela disse ao New York Times que foi ao local com familiares.

Ela ouviu dos agentes do departamento de assuntos religiosos que eles tinham recebido reclamações sobre ela. Sajat disse que pelo menos três homens a chutaram, que ela foi algemada e que, na corte, os homens passaram as mãos em seus seios. A mãe da mulher trans confirmou a história.

Indignada, a mãe Sajat teria perguntado como homens muçulmanos poderiam agir daquela forma e os policiais afirmaram que Sajat é um homem e, portanto, não haveria problema.

Sajat foi processada em uma corte da lei da Sharia e passou a noite em uma prisão masculina. Ela chegou a protocolar uma reclamação.

Em fevereiro, ela fugiu para a Tailândia. Depois de meses, o governo tailandês afirmou que ela tinha entrado no país ilegalmente. Ela, então, conseguiu sair da Tailândia e chegou à Austrália.

 

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