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Obras na Transamazônica têm poeira, buracos e sinalização deficiente

Rodovia BR-230 está recebendo obras de recuperação para trocar todo o asfalto e, há mais de um mês, motoristas vivem momentos difíceis

Tay Marquioro
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Quem precisa trafegar pela Rodovia BR-230, a Transamazônica, em um dos principais acessos ao núcleo Nova Marabá, já percebeu que não tem mais um bom horário para fugir dos transtornos. O perímetro está recebendo obras de recuperação e o que era para ser um bom presságio só aumentou o problema. Antes, a preocupação eram os buracos. Mas, há pouco mais de um mês o trabalho de infraestrutura começou e trouxe consigo a poeira, a sinalização deficiente e ainda mais dor de cabeça para os condutores.

“Por aqui, está muito difícil. Porque, antes, eles só faziam tapa-buraco. Aí, iniciaram essas obras. Resolveram trocar, tirar todo o asfalto. Mas, infelizmente, até agora, nada. Já tem mais de um mês que estamos nessa situação e parece que está tudo do mesmo jeito. Ninguém resolve. E, com isso, os moradores dessa região aqui sofrem muito com a poeira e os buracos, para ir e voltar do centro, a gente sofre muito com a poeira, os buracos”, lamenta o representante de vendas, Francisco Aragão, que mora com a família no Cidade Jardim. “Isso está sendo um transtorno muito grande e não tem mais aquilo de ser só em dia útil, agora é todo dia. Mas pela manhã, na hora do almoço e no final da tarde, fica tudo ainda pior. É terrível”.

O trecho da Transamazônica que está em obras é uma das principais portas de entrada de Marabá e também é acesso da cidade para municípios vizinhos, como São João do Araguaia, Palestina do Pará e até para os estados do Maranhão e Tocantins. Por sua grande importância logística, essa também é uma via muito escolhida por caminhões carregados da produção agrícola, pecuária, madeireira e de outros produtos. Nela, também ficam o 52º Batalhão de Infantaria de Selva e o 23º Batalhão Logístico de Selva. Em um perímetro de poucos quilômetros, a rodovia concentra também grandes áreas residenciais, como os loteamentos Cidade Jardim, Delta Park e os residenciais Total Ville. Características que contribuem para que o incômodo causado pelos problemas sejam ainda maiores.

“Já fiquei presa em engarrafamentos várias vezes, já perdi mais de uma hora nesse trânsito, já perdi compromissos. Se eu não sair de casa 6 horas da manhã, meu filho perde aula e eu perco trabalho. E esse era um trajeto que eu fazia em dez minutos, no máximo”, lembra a professora, Marilza Nunes, que ainda não ter certeza da continuidade das obras. “O meu desejo é que esse problema seja resolvido o mais rápido possível. Porque é um sofrimento... E a gente não vê mais máquinas trabalhando por aqui. A impressão que a gente tem é que o serviço parou”.

Na avaliação do técnico em mecatrônica Raimundo Rodrigues, os serviços paliativos feitos no passado só agravaram a situação que, agora, causa ainda mais contratempos. “A Transamazônica é uma rodovia importante para toda a região, Marabá é uma cidade considerada polo para toda a região, a gente paga os nossos impostos e estamos recebendo este tipo de trabalho. Um trabalho demorado, que foi negligenciado por anos, fazendo só tapa-buraco, isso depois de muita reclamação. Agora, que finalmente parece que está se fazendo alguma coisa, demora uma eternidade para ser terminado”.

A falta de sinalização adequada também é uma reclamação dos condutores. Para o Militar José Pereira, chegar ao local de trabalho tem sido um problema para sua própria segurança. “Está bem complicado porque o fluxo de carros é muito grande, a obra não está bem sinalizada e isso complica bastante para a gente que precisa chegar até o quartel. Eu, que piloto uma moto, preciso ter cuidado redobrado porque estou muito mais exposto à poeira e à batida por outros veículos. Já houve acidentes feios aqui e acredito que a sinalização precisa ser melhorada para evitar outras tragédias”, diz o oficial do Exército Brasileiro.

Procurada pela reportagem, a assessora de comunicação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit), responsável pela obra de recuperação da Transamazônica no trecho que fica dentro do território de Marabá, emitiu nota informando que a Superintendência do órgão no Pará continua trabalhando na rodovia. Ainda segundo a nota, o serviço de recuperação vai contemplar dois quilômetros da BR-230, a partir do bairro Quilômetro 6, na Nova Marabá, com pavimentação asfáltica. A previsão do Dnit é que a conclusão das obras seja ainda neste mês de junho.

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Marabá
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