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Ônibus da linha Cidade Nova 8 fica no prego por dois dias seguidos

Usuários alegam que os coletivos da linha não recebem manutenção mecânica

Vitória Reimão
fonte

A equipe do Eu Repórter recebe diariamente denúncias sobre o mau funcionamento de coletivos que circulam na Grande Belém. Dessa vez, a leitora Rita Cardoso relatou sobre os constantes problemas mecânicos que ocorrem nos veículos da linha Cidade Nova 8. 

Rita passou por transtornos quando um ônibus da linha do 8 ficou no prego em cima do Viaduto do Coqueiro, por volta das 19h40, na quinta-feira (16), em Ananindeua. O mesmo veículo voltou a rodar na manhã de sexta-feira (17), porém, novamente obteve falha no sistema mecânico e frustrou os usuários que estavam no coletivo.

"É a segunda vez que acontece isso. Quando foi na sexta-feira de manhã, ele já estava no prego novamente, o mesmo ônibus que ficou no prego na noite passada. Nós estamos em uma situação muito difícil na Cidade Nova 8, em relação a ônibus", disse Rita.

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De acordo com a Rita, as falhas mecânicas são constantes e há poucos coletivos da linha da Cidade Nova 8 em circulação. Ela faz parte de um grupo composto por usuários, que serve para orientar as pessoas se o ônibus está perto ou não, além de alertar sobre casos de problemas mecânicos.

"O grupo é até importante para saber se é bom esperarmos pela linha Cidade Nova 8 ou se pegamos outro ônibus. O problema é que para nós, que moramos dentro do conjunto, o único veículo bom para fazermos a rota de ir até o nosso trabalho, que fica no centro, e voltar para nossas casas é o ônibus da linha do 8", pontuou Rita.

Segundo informações dos usuários, não há muitas opções de coletivos que vão para o conjunto da Cidade Nova 8, por isso, eles pedem por melhorias e o aumento da frota. "A linha do Guajará São Brás, que também servia pra gente e para as pessoas que trabalhavam em São Brás, não existe mais, foi retirada, e na linha do Cidade Nova 4 praticamente só há dois ônibus. A nossa situação está muito precária mesmo. Há dias que são mais de três ônibus que entram no prego. Pedimos socorro", contou Rita Cardoso.

Respostas dos órgãos: 

A Prefeitura de Ananindeua, por meio da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, informou, em nota, que a referida linha pertence ao sistema metropolitano e não é linha de circulação interna no município. O órgão disse que a responsabilidade nesse caso cabe à Secretaria de Mobilidade Urbana da Prefeitura de Belém (Semob)

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário da capital (Setransbel) informou que a disponibilidade dos ônibus segue a demanda de passageiros. O órgão destacou, também, que a redução de passageiros nos ônibus, que migraram para outros meios de transporte, resulta na redução proporcional da frota. “Nos últimos 20 anos já houve uma redução de mais de 50% dos passageiros transportados”, disse.

"Atualmente, as empresas vem enfrentando dificuldades até para o abastecimento de toda a frota, que sem combustível não tem como circular o dia todo. Isso também impacta na oferta de mais veículos. O setor ainda aguarda apoio com desonerações e subsídios, capazes de equilibrar as despesas sem onerar a passagem paga pelo usuário”, comunicou o Setransbel. 

 A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou, em nota, que realiza um cronograma regular de vistoria preventiva em todas as empresas que possuem garagem e terminais de linha em Belém, que operam linhas dentro do município. A vistoria avalia o estado de conservação do veículo e a sua situação legal. Constatadas irregularidades, como a redução de frota, descumprimento de horários e ausência de condições mecânicas de veículos, a empresa é autuada.

“No caso de linha metropolitana, a Autarquia emite ordem de serviço com devida anuência da Prefeitura do referido município. Logo, a Semob não tem autonomia para vistoriar e fiscalizar empresas, como a Forte, que possuem garagem e final de linha em outro município. O que deve ser feita pelo respectivo órgão gestor de transporte de cada município”, comunicou a Semob. 

A Semob também explicou que, como a linha é metropolitana e circula em Belém, a partir do momento em que o veículo cruza o limite da capital, cabe então à Semob fiscalizar, autuar e remover o veículo em caso de pane e quando os agentes de transporte tenham sido acionados.

O projeto Eu Repórter é uma iniciativa do Grupo Liberal, que busca reforçar a proximidade com os leitores e internautas, incentivando ainda mais o jornalismo colaborativo. Para participar das reportagens e conteúdos, compartilhando histórias, denúncias e sugestões de matérias com a redação de O Liberal, basta acessar o site eureporter.grupoliberal.com ou enviar suas informações para o WhatsApp (91) 98565-7449, onde será iniciada uma conversa diretamente com repórteres da redação. A denúncia pode ser feita de forma anônima.

(Vitória Reimão, estagiária sob supervisão de Camila Moreira, chefe de reportagem de O Liberal)

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