Thiago Wild: passado nazista da família do tenista é exposto por ex-mulher

Bisavós e tataravôs de Wild fizeram parte do regime autoritário na Alemanha

O Liberal
fonte

A semana do tenista paranaense Thiago Wild foi turbulenta: após vencer o segundo melhor tenista do mundo, Daniil Medvedev, em Roland Garros, as denúncias de violência doméstica feitas pela ex-mulher dele, Thayane Lima, vieram a tona durante uma coletiva de imprensa. Dias depois, veio a eliminação e a divulgação de prints de conversas no WhatsApp nos quais ele admite que os bisavós e tataravôs dele fizeram parte do regime nazista na Alemanha.

VEJA MAIS

image 'Quenga' e 'seu lixo': ex-mulher descreve os abusos de Thiago Wild quando estavam casados
A influenciadora Thayane Lima, ex-esposa do tenista paranaense, abriu uma queixa criminal e denunciou o atleta por violência doméstica

image Thiago Seyboth Wild vence mais uma e avança à terceira fase de Roland Garros
Brasileiro encara o japonês Yoshihito Nishioka, o 27º cabeça de chave

image Sensação em Roland Garros, tenista brasileiro Thiago Wild tem acusação de violência doméstica
Ministério Público do Rio indiciou o tenista em junho de 2022 por violência doméstica e psicológica contra a ex-mulher, a biomédica e influenciadora Thayane Lima

O jornal O Globo publicou uma reportagem na qual descreve quem são os parentes de Wild e as ligações deles com o governo de Adolf HitlerDietrich Klagges, tataravô de Thiago; Ingrun Klagges, bisavó; e Friedrich Seyboth, bisavô. Todos são integrantes do lado materno da família do tenista. Veja a história de cada um.

Dietrich Klagges (tataravô)

Único dos três que não veio para o Brasil, Dietrich Klagges foi um dos primeiros integrantes do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais conhecido como Partido Nazista. De 1933 a 1945, atuou como primeiro-ministro do distrito alemão Braunschweig, que deu a Hitler a naturalização alemã para ele concorrer a presidente.

Quatro anos antes, Dietrich foi eleito Ministro de Estado do Interior e da Educação Nacional pelo parlamento de Braunschweig. Em 1932, por ordem do partido, ele cuidou pessoalmente do processo de naturalização de Hitler, que nascera na Áustria e, posteriormente, tornara-se apátrida.

Ingrun Klagges (bisavó)

Sendo filha de um quadro importante do Partido Nazista, Ingrun viu a alta cúpula do Partido Nazista visitar sua casa. Entre os visitantes, estavam o próprio Hitler, o ministro da Propaganda Joseph Goebbels, e o chefe da SS Heinrich Himmler. Ainda criança nesta época, dizia não lembrar de detalhes destes encontros. No livro "Aftermath" (1974), o historiador e jornalista Ladislas Faragó escreve que ela, quando criança, era uma espécie de xodó do ditador. A obra, que neste período teve muita repercussão, perdeu credibilidade nas décadas seguintes, assim como outras que defendiam teses como esta.

Mas recordava-se do período na Juventude Hitlerista, onde foi membro ativo da Liga das Jovens Alemães até os 18 anos. Depois, atuou como monitora de "mais de mil crianças". Seguindo os passos do pai, ela também foi filiada ao Partido Nazista.

Ela conheceu o marido Friedrich na faculdade, em Berlim, em 1940. Casaram-se quatro anos depois. Com o fim da guerra e o país arruinado, mudaram-se para o Brasil em 1949. Quatro anos depois, estabelecem-se em Marechal Cândido Rondon, no Paraná, onde abririam um hospital e se tornar uma das famílias mais influentes da região. Foi lá também que nasceu Thiago Wild.

Fridriech Seyboth (bisavô)

Único dos três a nascer no Brasil, em 1919, Friedrich Seyboth mudou-se para a Alemanha ainda aos seis anos. Atuou como médico das tropas nazistas durante a Segunda Guerra e virou prisioneiro de guerra. Só foi liberado entre 1947 e 1948.

Com uma ligação tão íntima com o governo de Hitler, Ingrun e Friedrich foram alvos, entre os anos 1960 e 1970, de diversas publicações que os chamavam de agentes nazistas infiltrados no Brasil.

Thiago Wild

Tenista nega postura nazista

Em nota, Thiago Wild se pronunciou afirmando que a família jamais concordou com "quaisquer posturas racistas, nazistas ou homofóbicas". Leia o comunicado na íntegra:

Os prints publicados pelo jornal O Globo tanto na edição impressa de hoje (3/6) quanto ontem no site www.oglobo.com.br induzem os leitores a um entendimento errôneo sobre posicionamentos meus e de minha família.

Eu e meus pais jamais tivemos ou concordamos com quaisquer posturas racistas, nazistas ou homofóbicas e repudiamos veementemente a campanha difamatória em curso.

Medidas judiciais serão adotadas imediatamente.

Thiago Wild

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Esportes
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ESPORTES

MAIS LIDAS EM ESPORTES