Morínigo reclama da arbitragem e pede para torcida do Remo não 'crucificar' lateral

Para conquistar o Parazão, Leão terá que vencer por três gols de diferença.

Fábio Will

O Remo saiu de campo derrotado por 2 a 0 pelo Paysandu, no primeiro jogo da final do Parazão. O revés azulino foi o primeiro do técnico Gustavo Morínigo à frente da equipe remista. O comandante do Leão não gostou da postura do Remo em campo, principalmente no primeiro tempo e reclamou da arbitragem do clássico. Morínigo também comentou sobre os erros da equipe, a falha individual de Nathan e pediu para que a torcida não o “crucifique”. 

“Não gosto de falar de arbitragem, pois termina sempre sendo uma desculpa. Me falaram que alguma coisa do que poderia ocorrer e fico um pouco triste por acontecer. Fiquei olhando os vídeos da nossa equipe de análise e tinha que ser um jogador [do Paysandu] expulso por uma cotovelada no Ícaro, em frente à arbitragem e com o VAR. Achei que não foi a mesma medida [marcações do árbitro] entre Remo e Paysandu. Foi diferente, foi diferente. Achei que faltas seguidas do número 8 [João Vieira], que já tinha cartão e poderia tomar outro, mas o professor [Hélio dos Anjos] foi esperto em tirá-lo e identificou essa situação. Vamos trabalhar a parte mental, a parte de recuperação e corrigir algumas coisas”, disse. 

Primeiro tempo para esquecer

Gustavo Morínigo citou a forma como o Remo jogou na primeira etapa e falou sobre não atuar com Ribamar de titular. O técnico paraguaio fez questão de defender o lateral Nathan, que falhou na partida e ainda foi expulso. 

“Erramos o que nós prevíamos, tivemos um jogo corrido com o Ribamar, ele não treinou com a gente por conta de problemas muscular. Fomos superados, vamos ser honestos, principalmente no primeiro tempo e cometemos erros involuntários e pagamos caro e é difícil remontar esse tipo de situação. Sei que a torcida quer sempre ganhar e o Nathan é um grande jogador que temos e não podemos condenar o [Natahn]. Ele sabe que errou, é consciente, é profissional e temos que corrigir isso”, comentou. 

O treinador azulino explicou os motivos de recompor a parte defensiva com a expulsão de Nathan. Para Morínigo, a improvisação de Kelvin na esquerda não era algo que agradaria e lamentou que seua equipe não tenha marcado gols no primeiro jogo da decisão.

“Com a expulsão tive que colocar o Raimar. Não podia colocar o Kelvin, pois ele não é da posição e já experimentou e não gostou de fazer isso [jogar na lateral-esquerda]. Mesmo com um jogador a menos procuramos o ataque, chegamos à frente, mas não fizemos [gols] e no final levamos um gol novamente”, falou.

Atrás do placar e tendo que vencer o Paysandu por pelo menos dois gols de diferença para forçar a disputa de pênaltis, Morínigo acredita na força mental dos jogadores e tenta recuperar o elenco fisicamente. O paraguaio cita a importância da Copa Verde e prefere pensar jogo a jogo e foca no clássico pela competição regional, na próxima quarta-feira (10).

“É pouco tempo para o próximo jogo, é praticamente um dia a menos de trabalho. É uma decisão na Copa Verde, sabemos que é um clássico, temos que ser inteligentes e o jogo de hoje não pode alterar o nosso pensamento de trabalho e na confiança do nosso time. É uma equipe que está aprendendo a ser forte e temos que olhar o quanto somos fortes. Esse é o momento de olhar, em uma derrota. Esse foi apenas o primeiro tempo, todos os jogos serão difíceis e não podemos alterar nosso pensamento, do que temos e o que podemos fazer nos próximos jogos”, finalizou.

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