Felipe Damasceno conta como usa o amor pelo Remo no dia a dia
Felipe Carlos Damasceno e Silva, 32 anos, Cientista Social
Felipe Carlos Damasceno e Silva, 32 anos, Cientista Social
O Remo se faz presente em minha trajetória de vida, desde o princípio. Trata-se de uma relação de muito amor, mas também altos e baixos. Uma das primeiras lembranças que tenho da minha infância é do meu pai ouvindo em som alto o hino do Remo e dando tiros no quintal da nossa casa, para comemorar o título estadual de 1993. Com cinco anos, fiquei com medo.
Em 95, fui levado pelo meu pai pela primeira vez ao Baenão, para assistir à partida Remo 4 x 1 Ceará, pela Série B. Tudo me fascinava nas arquibancadas, das bandeiras, coreografias e cânticos das torcidas organizadas, aos vendedores ambulantes transitando entre nós, como o do famoso grito ‘’café, cigarro e pupunha...’’.
A euforia causada a cada gol era o ápice, mas muito me marcou também quando, após uma forte chuva e a drenagem do gramado ter falhado, meu irmão e primo terem pulado o alambrado com outros torcedores para ajudar a escoar a água. Ver a satisfação da torcida na arquibancada pela ação realizada causou-me alegria.
Hoje, além de torcer, eu luto por melhorias sociais e faço pesquisa científica a partir do Remo. Diante das minhas vivências, posso afirmar que, como toda nação, a azulina é carregada de contradições, ainda assim me orgulho de fazer dela, como sócio-torcedor, mas julgo ser fundamental se lutar para que haja o respeito a todos e todas remistas, sem distinção. Afinal, ‘a nossa turma é toda de valor’.
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