Maurício Ettinger e Roger Aguilera, presidente e vice ativos na montagem do elenco do acesso

A cúpula bicolor soube traçar uma mudança de rota durante a disputa da Série C, investiu na contratação de jogadores de peso e colheu o acesso

Alessandro Amorim
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No futebol, o ideal é que aconteça tudo conforme o planejado antes da temporada iniciar. Só que lesões, rendimentos e encaixe no esquema tático do treinador são elementos que podem fazer um planejamento de um clube ir para o buraco, e isso aconteceu com o Paysandu em 2023. Mais importante que saber planejar, é saber mudar o direcionamento e fazer intervenções necessárias. Maurício Ettinger junto com Roger Aguilera e diretoria souberam trabalhar nesse sentido.

O time do Paysandu, que se consolidou no quadrangular, conta com: Matheus Nogueira, Edilson, Wanderson, Wellington Carvalho, Kevyn, João Vieira, Alencar, Robinho, Vinícius Leite, Nicolas Careca e Mário Sérgio. Dessa escalação, apenas João Vieira foi o remanescente de 2022; Mário Sérgio e Wanderson fazem parte dos reforços trazidos para começar o ano; Edilson e Vinícius Leite chegaram para a reta final de Parazão, e os outros seis jogadores foram contratados durante a Série C. Uma verdadeira reformulação com a temporada rolando.

Ao todo, foram feitas 47 contratações de jogadores em 2023. Para começar o ano, foram feitas 21 contratações, e desse primeiro pacote foram dispensados 17 jogadores mais 4 remanescentes do elenco de 2022. Uma confirmação de que o planejamento inicial não foi feito da melhor forma, mas rapidamente contornado pela cúpula bicolor com a contratação do executivo Ari Barros ainda no mês de março. O dirigente foi fundamental nessa “limpeza” de elenco durante as finais do Parazão, Copa Verde e começo de Série C

O dirigente, junto com Marquinhos, realizou a melhor janela de contratações da temporada do clube. Durante a disputa da competição nacional conseguiram trazer dois jogadores de peso e currículo para o Papão: Robinho e Paulão. Os dois jogadores têm muita experiência no mais alto nível do futebol brasileiro, ambos chegaram para agregar liderança e qualidade de jogo para o time do Paysandu que não começava bem a Série C. Além desses medalhões, o clube conseguiu trazer mais dois jogadores que se tornaram titulares na campanha: Nicolas Careca e Wellington Carvalho.

Apesar de todo o esforço feito para aumentar a qualidade do elenco, ainda faltava o trabalho no banco para potencializar o futebol dos jogadores em campo. Marquinhos Santos não foi esse cara e foi demitido depois da derrota para o Botafogo-PB, por 3 a 2, na 10ª rodada da primeira fase. Então surgiu o movimento mais importante da temporada: a contratação do técnico Hélio dos Anjos. Não foi uma operação simples, pela valorização do treinador do mercado e o retrospecto nos últimos trabalhos. A aposta foi alta e bem recompensada.

Além de ser um ótimo técnico no trabalho realizado dentro de campo, Hélio tem muita experiência no futebol e sabe lidar com todo tipo de ruído externo e interno. Ele chegou ao clube e trouxe o preparador físico Thomaz Lucena para fazer uma guinada na preparação dos jogadores, que foi considerada muito abaixo pelo comandante na coletiva pós-jogo de estreia, contra o Brusque.

O trabalho da cúpula bicolor foi investir ainda mais para aumentar as opções de elenco do Paysandu para o restante da competição. Era uma aposta arriscada, já que o Papão estava a 1 ponto do Z-4. Junto com indicações de Hélio dos Anjos, o clube conseguiu contratar mais três jogadores que seriam titulares no quadrangular: o goleiro Matheus Nogueira, o lateral-esquerdo Kevyn e o meio-campista Alencar. A contratação do arqueiro foi um divisor de águas na temporada, já que o time teve diversos problemas na posição nos últimos anos, e Matheus Nogueira foi um dos pilares da campanha.

Ser mais arrojado nas tomadas de decisões é uma das características dos clubes vencedores. O presidente Maurício Ettinger junto com o vice Roger Aguilera fizeram tudo o que estava ao alcance, e mais além, para entregar o que a torcida bicolor esperou por cinco anos: o retorno à Série B. Campanha que ainda pode ser coroada com um título inédito da Série C, que escapou no Mangueirão na final de 2014 contra o Macaé.

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