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Seleção Brasileira, Olimpíadas, Praia e Círio: paraense Naiane Rios repassa carreira no vôlei

Em entrevista a O Liberal, a atleta paraense falou sobre expectativas para a carreira e o sonho de integrar a delegação rumo à Paris 2024, além de lembrar momentos especiais no Círio

Andréia Santana
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A Seleção Brasileira feminina derrotou o Japão no pré-olímpico de vôlei realizado na casa das rivais, e alcançou a sonhada classificação para as Olimpíadas de Paris 2024, sob comando do técnico José Roberto Guimarães. Parte da delegação que conquistou o acesso, a levantadora paraense Naiane Rios, em entrevista a O Liberal, falou sobre a vitória, expectativas para a carreira na Seleção e no Praia Clube, seu atual time, e relembrou experiências no Círio de Nazaré

Sobre a mais recente conquista, que garantiu a segunda vaga para Paris 2024, Naiane afirmou que o momento foi um dos mais especiais da carreira até aqui. Na partida contra as japonesas, donas da casa, a disputa foi acirrada e terminou em 3 sets a 2 para as brasileiras.

“Fazer parte do time que tava disputando o pré-olímpico foi muito especial, foi com certeza um momento muito inesquecível na minha carreira, que agrega muito pra mim, e eu não tava esperando fazer parte desse grupo, mas aconteceu essa oportunidade e eu fiquei muito muito feliz, de poder ver nossa superação dentro de quadra depois de tantas coisas, e ver a gente coroando nosso esforço ali naquela final, e assegurando nosso lugar para as Olimpíadas ano que vem, foi muito legal e emocionante, eu não poderia estar mais feliz”, afirmou. 

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Agora, Naiane espera ser convocada novamente para as Olímpiadas. Caso faça parte da delegação, vai ser sua primeira vez na competição, um dos grandes objetivos da carreira da levantadora. “Sem dúvida eu tenho muita vontade de poder fazer parte da equipe que vai disputar a Olimpíada e poder ter a oportunidade e a experiência de jogar uma, é algo que me deixa muito feliz só de imaginar. Eu não sei se vou poder estar lá, fazendo parte da equipe, porém se essa oportunidade for me dada, eu vou agarrar com todas as minhas forças e fazer de tudo para estar lá sem dúvida”, disse.

Antes da participação no pré-olímpico, Naiane passou seis anos sem atuar com a Canarinha. Na penúltima passagem, em 2017, a paraense chegou a jogar em Belém com a Seleção Brasileira em um amistoso contra a República Dominicana, e recebeu o carinho da torcida local. 

“Esse período de seis anos que fiquei sem estar sendo convocada para a Seleção, foi um período de muito aprendizado, de maturação, de ideias, personalidade, e, obviamente, de voleibol. Sem dúvidas, foi muito importante para esse processo de amadurecimento, e muito necessário assim, hoje eu consigo olhar para trás e perceber o quão importante foi para o meu crescimento. Acho que sem essa pausa, nesse período, o vôlei não teria o significado que tem hoje na minha vida”, contou. 

Círio 2023: lembranças

Em época de Círio, a maioria dos paraenses já sente o clima se apropriar da cidade. Com Naiane não foi diferente, ela estava na cidade uma semana antes da 231ª edição do evento religioso e, mesmo não podendo participar, sentiu o clima e falou da falta que sente deste momento com a família.  

“Já faz muitos e muitos anos que não passo o Círio em Belém, depois que saí nunca mais consegui, porque é justamente nessa época que o campeonato está quase começando já tá a todo vapor, então é quase que inviável voltar para casa nesta época do ano, infelizmente. Mas a gente que é paraense sabe o quanto isso move a nossa cidade, o quanto que a atmosfera da nossa Belém fica maravilhosa nesse período. Eu pude viver um pouquinho agora da última vez que estava na cidade, um pouco antes do círio e a gente já conseguia ver tudo se transformar. ”, explicou. 

“O Círio me traz muitas boas lembranças, uma sensação assim que só quem viveu sabe do o que eu estou falando. Sinto nostalgia, é um ótimo momento para refletir e agradecer, e traz muita felicidade. Tenho boas lembranças e memórias de estar com minha família, escolher onde a gente vai passar o Círio, onde estaremos no final de semana, na casa de quem, o que cada um leva para comer, ir pegar as fitinhas na Basílica, com meu pai, minha mãe e minha irmã. São lembranças desse tipo que eu tenho e que guardo pra sempre comigo”, completou.

Praia Clube 

Fora da Seleção, depois de voltar da Polônia, onde atuava no Azoty Chemik Police, Naiane passou pelo Pinheiros e agora está jogando no Praia Clube. A contratação ocorreu em julho, em uma reformulação completa da equipe de Uberlândia (SP). Para a levantadora de 28 anos, a oportunidade é única. 

“O Praia é um time que todo mundo conhece, sabemos o peso que têm vestir essa camisa. As pessoas envolvidas nesse projeto são pessoas que se entregam de corpo e alma, a cidade respira isso aqui também, e traz muita torcida, muito calor e muito amor pra dentro do clube, pra dentro do nosso time. Vestir essa camisa pela primeira vez está sendo uma experiência única, a gente sabe que o praia tem qualidade, competência, sempre tá chegando nas finais dos campeonatos aqui. A minha expectativa é perpetuar esse time vitorioso nesta temporada e alcançar todos os objetivos, que com certeza é fazer o maior número de finais que a gente puder”, afirmou. 

Expectativas para o futuro 

Com a carreira ainda em ascensão, a estrela paraense ainda tem muitos desejos para o futuro e muitas conquistas para realizar, a principal pode estar perto, caso seja convocada para Paris 2024. Segundo Naiane, o trabalho para alcançar todas as realizações não deve parar. 

“Ainda não conquistei tudo o que eu gostaria na minha carreira, ainda tem muitas realizações profissionais que espero ainda conquistar. Sem dúvida a maior delas é disputar uma Olimpíada e ganhar, jogar um Mundial e conseguir ficar mais tempo na Seleção. Também vencer a Superliga, que ainda não tenho esse título, já alcancei o terceiro lugar, mas nunca joguei uma final, então existem algumas metas que ainda precisam ser experienciadas. Eu espero conseguir realizar, se não todas, mas algumas delas, vou estar trabalhando para isso, tem chão ainda e muita história para acontecer”, finalizou. 

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