CBF repudia uso da camisa da seleção brasileira em atos de vandalismo e ataque às instituições
Depois da onda de ataques em Brasília e em várias partes do país, a Confederação Brasileira de Futebol se posicionou sobre a relação dos atos com a camisa da seleção
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu um comunicado onde repudia o uso do uniforme da Seleção Brasileira nos atos antidemocráticos vistos no último final de semana em várias cidades do país, especialmente em Brasília, onde prédios públicos foram depredados por milhares de pessoas, a maior parte delas trajando a camisa canarinho.
Os últimos anos têm sido marcados por uma intensa disputa política e partidária que dividiu o país em dois grandes blocos. Um deles, do ex-presidente Jair Bolsonaro, adotou a camisa da seleção brasileira durante seus quatro anos de governo e a tornou praticamente o símbolo dos apoiadores governistas.
SAIBA MAIS
Após a derrota de Jair nas urnas, para o grupo político do atual presidente Lula, a associação entre militância e uniforme do Brasil perdeu força, mas nos últimos dias, milhares de pessoas foram às ruas de Brasília e invadiram as dependências do Congresso Nacional, Palácio da Alvorada, Supremo Tribunal Federação, entre outros, na intenção de depredar o patrimônio.
O que se viu foram cenas de vandalismo, depredação e violência, praticadas por pessoas, muitas delas trajadas com a camisa do Brasil. Diante dos fatos, a CBF, através das redes sociais, resolveu criticar a associação. "A camisa da seleção brasileira é um símbolo da alegria do nosso povo. É para torcer, vibrar e amar o país", começa o texto. "A CBF é uma entidade apartidária e democrática. Estimulamos que a camisa seja usada para unir e não para separar os brasileiros", avança.
Por fim, em outro comentário, a Confederação Brasileira de Futebol disse reprovar qualquer tipo de associação com a violência, seja ela motivada por conflitos de qualquer natureza, incluindo política. "A CBF repudia veementemente que a nossa camisa seja usada em atos antidemocráticos e de vandalismo", encerra.
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