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Belga campeã paralímpica morre por eutanásia após resistir a anos de dor

Ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016, Marieke Vervoort tinha autorização para realizar o procedimento desde 2008. Ela sofria de uma doença degenerativa incurável

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Protagonista de uma história que comoveu o mundo durante os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a belga Marieke Vervoort morreu na última terça-feira, aos 40 anos, em decorrência da eutanásia. Ela sofria de uma doença muscular degenerativa incurável, que causava fortes dores, e havia assinado em 2008 a autorização para o realizar o procedimento quando desejasse.

O principal feito de Marieke no atletismo foi o ouro nos Jogos de Londres-2012 nos 100m da classe T52, para cadeirantes. Na Inglaterra, também faturou a prata nos 200m. Já na Rio-2016, levou a prata nos 400m e o bronze nos 100m. O evento marcou sua aposentadoria do esporte. Na época, a belga disse em entrevistas que não tinha previsão de quando faria a eutanásia.

– Vivo dia a dia, e quando não aguentar mais, farei. A cada ano, é mais difícil suportar esta situação porque tenho muita dor – disse Marieke, em 2016.

Na sua última postagem no Instagram, há quatro dias, ela publicou uma foto da época de atleta com a frase: "Não podemos esquecer as boas lembranças".

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Can’t forget the good memories!

Uma publicação compartilhada por Marieke Vervoort (@wielemie.marieke.vervoort) em

A eutanásia é legal na Bélgica desde 2002, mas, para que pudesse ser colocada em prática, três médicos tiveram de confirmar que Marieke sentia uma dor insuportável, sem possibilidades de cura.

Segundo ela, nunca houve um diagnóstico preciso sobre o problema, apesar das crises que a impediam de dormir e dos ataques epiléticos. Na época dos Jogos do Rio, a ex-atleta afirmou que tinha apenas 20% da visão.

Os problemas começaram aos 14 anos e, desde os 20, ela dependia de uma cadeira de rodas para se locomover. Embora tenha passado por diversas cirurgias, o quadro só piorou com o passar do tempo.

Marieke sempre foi uma apaixonada por esportes. Na juventude, praticou natação, ciclismo e jiu-jitsu. Com o avanço da doença, conheceu o universo paralímpico e passou basquete em cadeira de rodas, triatlo e atletismo.

A Bélgica foi o segundo país a legalizar a eutanásia, após a Holanda, e é o único onde não há limite mínimo de idade para que a prática seja realizada.

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