Volume de serviços no Pará supera média nacional, aponta IBGE

Expansão no volume de serviços foi impulsionada por setores como informação e comunicação, transporte e serviços prestados às famílias.

Amanda Engelke
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O volume de serviços cresceu no Pará. Em janeiro deste ano, a expansão foi de 4,6%, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. É o que aponta a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é ligeiramente acima da média nacional. No Brasil, o volume do setor de serviços obteve uma expansão de 4,5%, sendo acompanhada por todas as cinco atividades analisadas na pesquisa.

Veja quais as atividades:

  • serviços prestados às famílias;
  • informação e comunicação;
  • profissionais, administrativos e complementares;
  • transportes; e
  • outros serviços.

O crescimento foi registrado em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados. O setor de informação e comunicação foi o que exerceu o principal impacto positivo (6,8%) no país. A expansão foi impulsionada, principalmente, pelo aumento da receita em diversas subcategorias, como telecomunicações, portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet, TV aberta, desenvolvimento e licenciamento de softwares e edição integrada à impressão de livros.

Igor de Castro, que presta sales service - um tipo de apoio especializado para o setor comercial de empresas, como uma espécie de terceirização de vendas - afirma que este tipo de serviço está em crescimento em Belém. “É uma abordagem relativamente nova para o grande público, mas que tem ganhado espaço. Posso dizer que o mercado está mais aberto, sim. As empresas estão dispostas a investir em profissionais e empresas que gerem vendas e resultados”, diz. Ele, formado em Marketing, conta que começou a trabalhar nesta área por observar o potencial do setor de informação e comunicação.

“O mundo hoje em dia é digital, você como empresa tem que se destacar no seu segmento. As empresas estão investindo nisso, precisam. Hoje em dia, mais do que nunca, é preciso saber vender, ter estratégias de abordagem bem definidas, conquistar o cliente. É um movimento mundial e em Belém não é diferente”, complementa.

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Além do setor de informação e comunicação, o volume de serviços também tiveram incremento nos demais setores analisados na pesquisa, como o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que cresceram 3,1%, e dos serviços profissionais, administrativos e complementares, com crescimento de 5,0%. Os serviços prestados às famílias também tiveram avanço de 3,9%, assim como os outros serviços, que cresceram 3,1%.

Livre de influências sazonais

Na série livre de influências sazonais, em janeiro, o volume de serviços no Brasil também cresceu 0,7% frente a dezembro de 2023. Este é o terceiro resultado positivo consecutivo do indicador, período em que acumulou um ganho de 1,9%, conforme o IBGE. O setor de serviços está 13,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,7% abaixo de dezembro de 2022 (auge da série histórica). Na comparação janeiro 2024 / dezembro 2023, o Pará teve recuo de 2,1%.

No país, o avanço do volume de serviços neste período foi acompanhado por quatro das cinco atividades, com destaque para o setor de informação e comunicação (1,5%). Outros avanços ficaram com serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%) e transportes (0,7%). Outros serviços (0,2%) também mostraram variação positiva após terem recuado 1,2% em dezembro. Os serviços prestados às famílias (-2,7%) assinalaram a única retração do mês.

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Atividades turísticas em queda

A pesquisa divulgada nesta sexta pelo IBGE revela ainda que o setor de turismo apresentou uma diminuição de 0,8% em relação ao mês anterior, conforme o Índice de Atividades Turísticas. Este declínio ocorreu apesar do setor ter registrado um crescimento de 2,6% no mês anterior. Atualmente, o setor está 3,5% acima do nível observado em fevereiro de 2020 e 4,3% abaixo do pico histórico alcançado em fevereiro de 2014.

Em termos regionais, apenas quatro dos doze estados da federação selecionados para pesquisa seguiram a tendência de queda nacional. As maiores diminuições foram observadas no Rio de Janeiro (-5,7%) e Rio Grande do Sul (-6,2%). No entanto, outros estados apresentaram crescimento, incluindo os estados do Ceará (11,9%), da Bahia (2,7%), de São Paulo (0,3%) e de Minas Gerais (1,1%). O Pará não foi selecionado para esta análise.

Transporte de passageiros e cargas com alta

Em contraste com a queda no setor de turismo, o transporte de passageiros e cargas apresentou crescimento em janeiro deste ano, com aumento de 2,9% em comparação com o mês anterior, recuperando-se de quatro meses consecutivos de quedas, que resultaram em uma perda acumulada de 8,0%. Atualmente, o setor está 5,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 e 27,2% abaixo do pico histórico em fevereiro de 2014.

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