Preço do peixe sobe na capital, veja quais estão mais caros

Secretarias se reúnem para elaborar estratégias que ajudem o consumidor

Maycon Marte | Especial para O Liberal
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De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), a maioria dos peixes comercializados na grande Belém ficaram mais caros. Os preços apresentam alta de até 51,77% e com a aproximação da Semana Santa, secretarias municipais e estaduais somam esforços para traçar estratégias que favoreçam o consumidor. Para o vendedor de peixe Alessandro Rodrigues, que atua na área há quinze anos, esse comportamento “acontece por causa do inverno, porque a maré fica alta e aí o peixe fica mais escasso".

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Para contornar a grande demanda pelo produto durante o período da semana santa, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) em conjunto com a Secretaria Municipal de Economia (Secon) se reúnem com apoio técnico do DIEESE na manhã desta quinta-feira (22). O objetivo do encontro é traçar estratégias que equilibrem os preços para vendedores e consumidores.

O vendedor de peixe Alessandro Rodrigues relata que devido a grande procura, “o que aumenta mais é a pescada amarela, filhote e gurijuba”. Segundo os dados da pesquisa, no período de um ano, a Pescada Amarela está entre os peixes que registraram alta, custando até R$34,27, um aumento de 11,09%. O Filhote e a Gurijuba seguem o mesmo comportamento, custando R$34,14 e R$26,99 respectivamente.

Alessandro destaca que apesar do período da semana santa, quando tradicionalmente se consome mais peixe, não planeja promoções para evitar prejuízos na sua margem de lucro. “É difícil ter promoção a não ser que a pessoa venha comprar de quantidade, porque o preço também aumenta lá pra gente, tem que ter um capital de giro maior para poder comprar”, explica o feirante.

A dona de casa Sandra de Souza conta que consome peixe pelo menos uma vez por mês e já sente a diferença no bolso. “Eu percebi o aumento no preço, está muito caro, mas não vou deixar de comprar”. A consumidora afirma que esse comportamento é normal nesse período do ano. “Nesse mês aumenta, eu já venho preparada para gastar mais”, ressalta. Nesta manhã, a dona de casa veio em busca de Dourada, que de acordo com o DIEESE, pode ser encontrada por até R$27,54, um aumento de 10,69% em relação ao mês anterior.

O estudo também aponta que “os aumentos registrados desde o final do ano passado, e também no início deste ano já eram esperados em virtude de fatores conjunturais e de comercialização”. Entre as causas naturais para a elevação dos preços estão eventos como o período de defeso, quando é suspensa a pesca de determinadas espécies, o inverno amazônico e a alta das marés. No período de doze meses analisados, as maiores altas registradas foram a Arraia com 51,77%, seguido do Curimatã com 42,90%, Xaréu 19,05% e Tambaqui com alta de 17,32%.

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