Pesquisa sobre a Emater indica estratégia de aplicativos para atendimentos de agricultores

Agrônoma, Alda Lúcia do Remédio, da Emater em Marituba, diz que a presença é vital, mas a tecnologia ajuda

O Liberal
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O uso de aplicativos de mensagens pode facilitar e melhorar consideravelmente o atendimento prestado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) aos agricultores familiares, encurtando distâncias e agilizando processos.

É o que indica a pesquisa de mestrado em Gestão Pública realizada pela engenheira agrônoma, Alda Lúcia do Remédio, do escritório em Marituba, na Região Metropolitana de Belém.

 Alda Lúcia desenvolve no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) da Universidade Federal do Pará (Ufpa), a dissertação “Gestão de Acompanhamento da Assistência Técnica e Extensão Rural durante a pandemia da covid-19, uma Análise das Estratégias de Comunicação Digital”. A pesquisa foi defendida pela engenheira agrônoma em 5 de abril, e aprovada com excelência.

A extensionista compilou dados sobre a conversa interpessoal e a oferta de serviços públicos por meio do whatsapp, de março de 2020 a junho de 2021, entre a equipe multidisciplinar da Emater em Marituba e uma amostra de 22 famílias artesãs e horticultoras das zonas central e periurbana do município: bairro Centro e comunidades Bela Vista, Boa Vista, São Brás e São Francisco.

Na região, há destaque, ainda, para processamento de alimentos, com o aproveitamento de ingredientes amazônicos e resíduos de outras atividades nas propriedades, a fim de culinária para consumo próprio e comercialização, a exemplo de bolos e doces.

Como método de ater, a presença física é fundamental, porém identificamos que, nos picos da crise sanitária, o aplicativo de mensagens garantiu suporte e manutenção mínimos, dando condições de agendamentos, esclarecimento de dúvidas, envio de documentos, entre várias circunstâncias. As plataformas eletrônicas como um todo também impulsionam performances de delivery e marketing”, disse a mestre.

Transformação

Em termos de comunicação digital a partir da Emater, o que antes da pandemia era uma iniciativa pontual transformou-se na única alternativa de contato e continuidade de atendimento ao longo da emergência, sobretudo pela obrigatoriedade de isolamento e distanciamento sociais, sob ondas consecutivas e lockdowns.

O estudo mostra que frente a necessidade de acompanhamento do acesso a políticas públicas por parte dos agricultores familiares, como o acesso a crédito rural e ao escoamento da produção, a Emater precisou improvisar os canais para não desamparar os beneficiários, com a atenção de que uma lacuna agravaria questões como vulnerabilidade econômica e desabastecimento alimentar urbano.

“A tecnologia é uma realidade inevitável e já estávamos protagonizando esta transição, mas com certeza a pandemia acelerou e impôs um outro tipo de planejamento. Não podemos dizer que já é uma dinâmica fluida e consistente, porém é um acontecimento, sim, aos poucos, que faz parte do nosso dia a dia de trabalho e favorece, abreviar caminhos e aproxima a atuação estatal da agricultura familiar”, explica o chefe do escritório local da Emater em Marituba, o sociólogo Elielson Farias, mestre em agriculturas amazônicas.

A artesã Laucenir Lima, de 43 anos, utiliza o aplicativo WhatsApp para obter informações de órgãos públicos e parceiros. Ela e o filho, Victor Charles Lima, 20 anos, dividem um terreno de cerca de um terço de hectares com a mãe, Laucenir, a Maria Raimunda Lima, de 73 anos.

A família vive na comunidade São Francisco e é atendida pela Emater. Os três usam whatsapp para se comunicar com os agentes do governo, bem como para se informar sobre as novidades.

É rápido e inclusivo. Temos um grupo de divulgação do que ocorre e do que podemos participar, como capacitações e feiras. Sem internet, poderia demorar dias pra ficarmos sabendo, poderíamos perder prazos e oportunidades, e com internet não tem como a gente ficar de fora”, conta Laucenir.

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