Pelo terceiro mês seguido, preços ao produtor no Brasil caem em janeiro, diz IBGE
As maiores influências no resultado de janeiro partiram de refino de petróleo e biocombustíveis, indústrias extrativas, alimentos e metalurgia
Terceiro mês seguido de deflação, em janeiro os preços ao produtor recuaram 0,31%, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (5). O resultado levou o índice acumulado em 12 meses a uma retração de 5,56%. No mês anterior, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia caído 0,2%.
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Das 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que somente oito tiveram queda de preços na comparação mensal. "Esta sequência de resultados negativos do IPP [Índice de Preços ao Produtor] vem após uma série de três meses seguidos de altas, entre agosto e outubro do ano passado. Apesar do índice de -0,31% em janeiro, não há uma queda disseminada por toda a indústria, pois 15 setores tiveram aumento de preços”, destacou o analista Murilo Alvim.
Influências
Já as maiores influências no resultado de janeiro partiram de refino de petróleo e biocombustíveis (-0,51 ponto percentual), indústrias extrativas (0,23 p.p.), alimentos (-0,18 p.p.) e metalurgia (0,07 p.p.). O setor de refino de petróleo e biocombustíveis apresentou queda no mês de 4,77%, marcando a segunda variação negativa seguida.
O desempenho, segundo Alvim, acontece depois de quatro altas consecutivas. "Os preços do óleo diesel, produto com maior peso na atividade, foram os principais responsáveis, já que estão em trajetória de queda nas refinarias desde dezembro de 2023. O álcool também não está com grande demanda, além de contar com uma boa safra da cana-de-açúcar, influenciando no resultado", disse.
Já o setor de alimentos apresentou queda de 0,74% dos preços em janeiro, após quatro resultados positivos consecutivos. De acordo com o analista do IBGE, isso se deve a preços menores do açúcar e dos derivados de soja. O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.
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