No Pará, 42 municípios tiveram liberação para instalar 5G; apenas seis ativaram, diz Anatel

As cidades que já possuem o 5G devidamente ativado no Estado são Belém, Ananindeua, Castanhal, Marabá, Parauapebas e Santarém

Elisa Vaz
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Um ano após a primeira liberação para o recebimento da ativação da tecnologia 5G no Brasil, na capital federal Brasília, 42 municípios do Pará chegaram a esta mesma condição, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Dessas cidades, no entanto, 36 ainda não receberam o sinal das operadoras, embora o serviço já esteja permitido. As cidades que já possuem o 5G devidamente ativado no Estado são Belém, Ananindeua, Castanhal, Marabá, Parauapebas e Santarém. A Anatel detalha que, em maio, o 5G já contava com 225 mil pessoas acessando a rede no Pará.

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Em nota enviada à reportagem, a agência explicou que a liberação da faixa de 3,5 GHz (principal faixa para a implantação do chamado “5G puro” e maior objeto do Leilão do 5G) deve observar um cronograma determinado: a partir de 30 de junho de 2022, para capitais de Estados e o Distrito Federal; em 1º de janeiro de 2023, nos municípios brasileiros com população igual ou superior a 500 mil habitantes; e, a partir de 30 de junho de 2023, nas cidades com população igual ou superior a 200 mil habitantes e em pelo menos 25% dos municípios com população até 30 mil habitantes.

No ano que vem, o cronograma continua. Depois do dia 30 de junho de 2024, a Anatel deve liberar a faixa nos municípios brasileiros que possuam população igual ou superior a 100 mil habitantes e em pelo menos 50% dos municípios com população até 30 mil habitantes; a partir de 30 de junho de 2025, em pelo menos 75% dos municípios com população até 30 mil habitante; e de 1º de janeiro de 2026 em diante, nos demais municípios

“O Edital permite antecipar a liberação da faixa. Assim, a Anatel vem trabalhando para antecipar esse cronograma, de forma a possibilitar a ativação das redes mais rapidamente. Essa antecipação está sendo realizada com grande êxito, e atualmente 1.610 municípios já possuem a faixa liberada, perfazendo o total de 141 milhões de brasileiros, o que corresponde a 66,4% da população do Brasil”, ressaltou, na nota à reportagem.

Sobre o porquê de municípios não disponibilizarem o serviço, a Anatel afirma que “libera o uso da faixa do 3.5 GHz. As empresas (vencedoras do leilão) podem a partir da data da liberação, ativar ou não. Cabe às operadoras instalar as antenas e ativar o 5G”.

Evolução

O professor mestre da área de ciência da computação Romulo Pinheiro explica que o 5G, ou quinta geração, é a próxima evolução das redes móveis, projetada para fornecer velocidades de conexão “significativamente” mais rápidas, maior capacidade e menor latência em comparação com as tecnologias anteriores, como o 4G. Essas, segundo ele, são as principais diferenças do 5G para o 4G.

“O 5G tem o potencial de fornecer velocidades de download muito mais rápidas em comparação com o 4G, de várias centenas de megabits por segundo e até mesmo gigabits por segundo em condições ideais. Isso permite downloads e uploads mais rápidos, streaming de vídeo em alta definição e uma experiência mais fluida em aplicativos e serviços online. Além disso, o 5G tem uma capacidade muito maior para lidar com um grande número de dispositivos conectados simultaneamente, e uma menor latência, ou seja, o tempo que leva para os dados percorrerem a rede de um dispositivo para outro”, ressalta.

Dificuldade

Mesmo onde já há o uso da tecnologia, porém, o sinal ainda é fraco. A instabilidade do sinal 5G, até nas cidades onde tudo já está encaminhado para que a tecnologia funcione, pode ser influenciada por diversos fatores, de acordo com Romulo. Algumas possíveis razões são a implantação em andamento ou a interferência de obstáculos físicos, além de disponibilidade limitada de espectro e o congestionamento da rede.

“A expansão do 5G na região amazônica enfrenta desafios específicos devido às características geográficas, demográficas e de infraestrutura da região, como infraestrutura limitada, dificuldades geográficas, população dispersa e impacto ambiental. Esses desafios podem tornar a expansão do 5G na Amazônia um processo mais complexo e demorado em comparação com áreas urbanas ou regiões com melhor infraestrutura”, adianta.

Conectividade

No entanto, o especialista lembra que existem iniciativas em andamento para trazer conectividade à região, como o Programa Norte Conectado, da Rede Brasileira para Educação e Pesquisa (RNP) e do Ministério das Comunicações (Mcom), que busca levar internet de alta velocidade à Amazônia Legal por meio de fibra óptica e redes móveis.

“À medida que a tecnologia 5G amadurece e as soluções de infraestrutura se desenvolvem, é possível que as dificuldades de expansão sejam superadas gradualmente. A conectividade na Amazônia é um fator importante para o desenvolvimento social, econômico e sustentável da região, e o 5G pode desempenhar um papel significativo nesse processo”, afirma.

O 5G, para o professor, tem o potencial de “trazer mudanças significativas e revolucionar o mercado em várias áreas”. À medida que a tecnologia se expande e é implementada em larga escala, de acordo com Rômulo, espera-se que ela impulsione a inovação e a transformação digital em diversos setores. “Os impactos serão significativos em tudo o que conhecemos, e as áreas da indústria, saúde, veículos autônomos, entretenimento e mídia serão totalmente transformadas pela conectividade do 5G”. Isso, diz ele, sem contar as roupas e casas, que estão também conectadas no futuro próximo.

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