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Ingredientes de comidas do período junino ficam mais caros

Dieese prevê impacto no valor do produto final, mas consumidores já esperavam

Maycon Marte
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A aproximação do período das festas juninas provoca uma demanda maior pelos ingredientes utilizados no preparo das comidas típicas destas celebrações. O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que estes produtos demonstraram alta maior que 10% em alguns casos. O aumento supera a inflação, calculada em 3,5% nos últimos 12 meses, como esclarece a entidade. O levantamento considera as variações de preço dos produtos comercializados em diferentes supermercados da grande Belém e que se diferenciam por tipo, marca, peso e locais de venda.

Embora o aumento já possa ser percebido, consumidores da capital paraense explicam que já esperavam por isso nesta época do ano. A técnica de enfermagem, Edna Bernardes, conta que consome as comidas típicas de junho mesmo fora de época e, embora o aumento seja comum, esclarece que continua comprando. “A gente já sabe que aquele mês vai chegar, e a gente gosta das comidas juninas, a gente compra mesmo, porque não é aquele aumento que não dá para adquirir”, explica.

Benefícios e Cuidados

A maioria destes ingredientes e das comidas comuns neste período são ricas em carboidrato, como explica a nutricionista Tayana Vago. “Esses ingredientes, em sua maioria, são fontes de carboidrato… que compõem uma das principais fontes de energia para a nossa alimentação”. No entanto, também destaca o equilíbrio e a dosagem certa de consumo. Como explica, “apesar de serem boas fontes de energia, são alimentos calóricos e que normalmente vêm muito enriquecidos com açúcar. Então, pode-se fazer o consumo, mas é importante ter cautela em relação às quantidades, para que não sobrecarregue a dieta”.

Quanto ao consumo ideal, a especialista exemplifica que no mingau de milho, um dos mais consumidos nessa época junina, um copo médio de 250 ml a 300 ml, e para a canjica, a uma fatia média que varia de 100 a 120 gramas. Como solução para não abrir mão das guloseimas, a nutricionista indica o equilíbrio. “A ideia é ter esse momento mais o restante da alimentação no dia seguinte, seguir uma alimentação equilibrada e manter a prática de atividade física”. Outra dica seria considerar o consumo dessas comidas como uma alimentação pré-treino, já aproveitando a energia adquirida.

A profissional, que também consome os pratos durante as celebrações, relata que sentiu a alta nos ingredientes, mas também, em ingredientes regionais, consumidos no estado no mesmo período. “A gente percebe uma alta, literalmente, nos ingredientes que são utilizados para todas as comidas típicas, no milho, na canela, no próprio cuscuz também, mas nos ingredientes das outras comidas que também entram aqui na nossa região com o vatapá e o tacacá”.

Assim como para outros consumidores, Vago não pensa em diminuir ou modificar o seu consumo nas festas juninas. “Acredito que não prejudica a produção, porque o que vale realmente é degustar todas as comidas que são típicas nesse período, até porque é um intervalo curto, então vale a pena fazer um investimento”, afirma.

Variações

De acordo com o Dieese, a maior variação ficou principalmente sobre produtos básicos como o açúcar refinado, com uma alta acumulada de 13,24%. Para os principais pratos desse período como o mingau de milho e a canjica, os ingredientes também demonstram alta, mesmo que pouco significativa em alguns casos. No caso da canela em pó, que pode ser encontrada em um supermercado de Belém entre R$ 8,79 e 2,75, o aumento, segundo o Departamento, foi de 5,04%.

Em contrapartida, o milho branco, presente em um dos pratos mais consumidos nas celebrações do mês de junho, demonstrou queda. No estudo do Dieese, o percentual de recuo representou 12,84%. Na capital, um supermercado comercializa o produto com preços que variam de R$ 8,10 a R$ 2,35.

Aumentos:

Açúcar refinado (13,54%)

Leite de Coco (9,44%)

Leite condensado (6,89%)

Coco Ralado (6,49%)

Canela em Pó (5,04%)

Açúcar triturado (4,45%)

Amendoim in natura (2,74%)

Azeite de Dendê (1,75%)

Fubá de Arroz (1,16%)

Quedas:

Canjiquinha (-4,32%)

Milho Branco p/ Mingau (-12,84%)

Milho Branco p/ Pipoca (-14,22%)

Fonte: Dieese

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