Ibovespa tem seu maior avanço em porcentual desde outubro de 2018; dólar cai
Ibovespa sobe 4,29% e retoma os 106 mil pontos
Nesta terça-feira, dia 11 de abril, os investidores mostraram grande apetite por ativos brasileiros, o que levou o dólar a cair abaixo dos R$ 5 e causou uma descompressão na curva de juros, tanto na ponta longa quanto na curta. Isso fez com que o Ibovespa apresentasse o maior avanço em porcentual desde 3 de outubro de 2018, com uma alta de 4,29%, fechando a 106.213,76 pontos.
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A manhã começou com uma notícia positiva, que foi a leitura abaixo do esperado para o índice oficial de inflação, o IPCA, que desacelerou em março e ficou abaixo do limite superior da meta no acumulado em 12 meses, algo não visto nos últimos anos. No mês, o IPCA ficou em 0,71%, abaixo da mediana das estimativas (0,77%) para março.
Com a perspectiva de que o Copom possa sinalizar em breve, possivelmente até mesmo no próximo comunicado em maio, uma postura menos dura em relação à Selic, e a expectativa do mercado de que a taxa de juros do BC possa começar a ser cortada no começo do segundo semestre - ou mesmo no fim do primeiro -, os investidores foram às compras.
Poucos papéis ficaram abaixo
Apenas dois papéis do Ibovespa (Minerva -1,29%, Taesa -0,03%) ficaram de fora da maré aquisitiva vista na sessão, com retomada também no giro financeiro, a R$ 32,2 bilhões. Foi o melhor nível intradia desde 9 de março e o maior patamar de encerramento desde o dia 8 daquele mesmo mês. Na semana, o Ibovespa acumula ganho de 5,35%, passando ao positivo em abril (+4,25%), mas ainda cedendo 3,21% no ano.
Luciano Costa, sócio e economista-chefe da Monte Bravo Investimentos, afirma: "O dia foi bem favorável tanto para câmbio como para juros, em que a parte mais curta da curva ficou menos pressionada com a leitura sobre o IPCA, mais fraco do que o esperado. Contribuíram também declarações do secretário do Tesouro, Rogério Ceron, sobre a regra fiscal, dando mais detalhes e esclarecendo algumas dúvidas sobre a interpretação da proposta, principalmente as relacionadas ao crescimento dos investimentos em relação às receitas".
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