FGTS poderá quitar até 12 parcelas atrasadas de financiamentos

Medida busca aliviar vida dos brasileiros que estão pagando imóveis e vale até 31 de dezembro

O Liberal

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) autorizou, na última semana, o uso do saldo do fundo para pagar até 12 parcelas em atraso de financiamento imobiliário contratado no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Pela regra atual, o trabalhador não pode ter mais do que três prestações em atraso para utilizar o fundo. A medida, porém, é temporária: começa a valer no dia 2 de maio e encerra no dia 31 de dezembro.

Para o economista paraense Valfredo Farias, trata-se de uma oportunidade excelente para quitar dívidas, especialmente em tempos de inflação alta e imprevisibilidade da economia nacional.

"É uma chance muito boa. Até porque muitas pessoas tem parcelas atrasadas e não possuem muitas opções de negociação. Ou eles pagam tudo com juros e multa ou então o imóvel vai para o leilão. Então se há um dinheiro disponível, considerando que muitas vezes o valor que rende no FGTS é menor que os juros casa própria, é muito bom negócio", aconselha. 

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A corretora Gláucia Duarte conta que pagar parcelas atrasadas com o fundo pode garantir um orçamento mais flexível no futuro e poupa o montante total a ser pago de juros e reajustes posteriores.

Na opinião dela, não é nem preciso pensar duas vezes. "Acho que pouca gente sabe disso. Desde semana passada só uma pessoa me perguntou sobre e aconselhei veementemente, com 100% de certeza. Menos dívida é sinônimo de mais paz. Vale lembrar também que o FGTS pode ser usado no ato de financiamento de uma casa pela Caixa, por exemplo, mas muita gente não faz isso, o que considero um erro pois é uma compra de longo prazo, a aquisição de uma vida. Vejo isso como uma segunda chance de fazer a coisa certa", diz. 

image Aumento da Selic afeta poupança, financiamento imobiliário e FGTS
Rendimentos e prestações serão indexados pela TR

A medida chega em um momento no qual o Brasil enfrenta um encolhimento da parcela da população apta a financiar um imóvel: só em 2022, já chegou a 3 milhões o número de famílias que deixaram de ter acesso ao financiamento imobiliário nos últimos 12 meses, por conta do maior custo do crédito para compra do imóvel próprio.

A cada variação de 2,5% da Selic, há o aumento de um ponto percentual no Custo Efetivo Total (CET) envolvido na contratação de um financiamento.

Além da inflação e da taxa Selic, o mercado também passa por sucessivos aumentos do Índice Nacional de Custa de Construção, com aumentos de 13% no preço dos materiais e equipamentos utilizados na construção civil nos últimos 12 meses, com destaque para os materiais metálicos. 

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