Chuvas e marés altas reduzem o movimento no Ver-o-Peso

Faturamento pode cair em até 60%, de acordo com um dos comerciantes. Período da manhã tende a ser o mais favorável para vendas.

Gabriel da Mota
fonte

Em meio às fortes chuvas que marcam os primeiros meses do ano, aliadas ao fenômeno da maré alta, a reportagem de O Liberal foi até o Complexo do Ver-o-Peso na manhã desta terça-feira (12) para ouvir trabalhadores do local sobre como as vendas estão sendo impactadas pelo chamado “inverno amazônico”. 

O vendedor de camisas Antônio de Almeida explica que o movimento sempre diminui neste período, pois os consumidores preferem não enfrentar o perigo de se molhar quando o tempo fecha. “Quando se forma chuva, geralmente as pessoas não saem de casa, principalmente sabendo que as marés estão altas aqui no Ver-o-Peso. Elas só saem depois que a maré baixa, já é no horário da gente se arrumar para ir embora. Então, cai muito”, afirma. 

Antônio estima que o faturamento pode cair em até  60% nesse período. Segundo o comerciante, o melhor período para vendas é entre 10h e 15h, com uma retomada entre 16h e 18h. “Mesmo porque, passando desse horário, aqui é muito arriscado”, diz. Na área onde ele trabalha – antes da travessa Campos Sales, no sentido avenida Portugal –, o nível da água que sobe com a maré não costuma alcançar.  

Trabalhador há mais de 34 anos no Veropa, Miguel Leal é impactado diretamente pelo fenômeno natural. “Quando a maré sobe, a gente fica impossibilitado de trabalhar. Principalmente aquela área mais baixa, do Mercado de Peixe. E mesmo na área que não enche, aparecem muitos bichos peçonhentos: ratos, baratas. Porque a prefeitura não faz um trabalho de limpeza adequada”, denuncia.

O vendedor também cita o transbordamento de bueiros com frequência, o que prejudica a circulação de pessoas na área comercial. Ainda assim, ele se mantém otimista: “É um pouco difícil de vender, mas não é impossível. A gente está aqui pra isso e convida as pessoas que estão precisando de uma pupunha, um açaí, um peixe frito a nos visitarem”, acrescenta. 

Ana Marinho é mais uma comerciante impactada pelo período de chuvas intensas. “As vendas estão indo mais ou menos. Mais pra menos do que pra mais”, detalha. Assim como os colegas, Ana informa que o período da manhã é melhor para movimentação de clientes, em comparação com a tarde, quando as chuvas tendem a ser mais frequentes. Em compensação, finais de semana e feriados ajudam na recuperação de caixa: “Porque dá aquele fluxo de turistas, como foi neste domingo agora”, informou. 

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Economia
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM ECONOMIA

MAIS LIDAS EM ECONOMIA