Abertura de pequenos negócios registrou crescimento de 5,73% em 2021, segundo a Jucepa
O número de registro de microempreendedores individuais ainda supera o de microempresas, registrando aumento de 23,10% de 2020 para 2021
O número de empresas de pequeno porte abertas em 2021 foi de 12.455, um aumento de 5,73%, se comparado ao ano anterior, quando 11.780 mil novos pequenos negócios foram registrados, segundo informações da Junta Comercial do Pará (Jucepa). Esse índice, apesar de ser positivo, não supera a quantidade de novos microempreendedores individuais, que saltaram de 57.499 mil para 70.781 mil no mesmo período, um crescimento de 23,10%. No Brasil, esse cenário também foi positivo no ano passado, com 30% a mais de pequenos negócios do que o registrado em 2020 e 47% maior ao registrado em 2019.
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Os principais setores responsáveis por esse aumento no Pará foram Comércio, aumento de 14,35% – 32.599 para 37.277 mil empresas; Serviço, com crescimento de 28,34% – 35.544 para 45.616 mil empresas; e Indústria, com aumento de 18,77% – de 6.489 para 7.707 mil novos empreendimentos. Ainda de acordo com números repassados pela Jucepa, o total de novos pequenos negócios e registros de MEI no estado saltou de 74.632 mil em 2020 para 90.600 mil no ano passado.
Novos empreendedores avaliam cenário
O jovem de 28 anos Arthur Emil decidiu abrir uma pequena empresa no ano passado e, atualmente, trabalha com roupas e acessórios para o mundo fitness das mais variadas modalidades e é voltada para todos os segmentos econômicos. Pensando no futuro, ele acredita que ter um negócio oficializado pode abrir possibilidades de empréstimos para investimentos, fundos de garantia e ainda facilitar a compra de mercadorias a preços mais baratos, dependendo do fornecedor.
“Abri a empresa no finalzinho de julho, começo de agosto, porque é quando o movimento no comércio volta a crescer depois das férias. Registrei para sempre trabalhar certinho com o governo e conseguir benefícios com o passar dos anos. Ainda não fiz empréstimos, mas quanto mais tempo de CNPJ eu tiver e de acordo com o lucro da empresa, eu posso conseguir alguns benefícios”, declarou.
Licenciado em Ciências Naturais com habilitação em Biologia pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), e mestrado em Biologia Parasitária na Amazônia pela mesma instituição, Arthur decidiu mudar de ramo. “Fazer ciência no Brasil é muito difícil, em questão de apoio governamental e tudo mais”, disse, e justificou a razão da abertura da empresa. “Oferecer produtos de qualidade com um preço justo dentro do comércio e no e-commerce foi uma ideia que desenvolvi junto com o meu pai para novos investimentos”, finalizou.
O engenheiro civil Renato Seixas, de 31 anos, é especialista em segurança do trabalho, mestre em construção civil voltado para a segurança do trabalho e cursa o doutorado em construção civil também com foco na mesma especialidade. Com experiência na área, ele decidiu abrir uma empresa com uma sócia no perfil de microempreendedor individual, e ainda está em processo de conclusão da formalização do negócio.
Para ele, a mudança de pessoa física (PF) para jurídica (PJ) se deu devido à demanda e à necessidade de alguns clientes, já que ser MEI garante maior liberdade de atuação e oferta de serviços que, como PF, não é possível.
“Além de possibilitar a contratação de outras pessoas para trabalharem com a gente e agregarmos mais serviços. A ideia é expandir o negócio nos próximos três anos. Com a conclusão do processo de registro de MEI, seremos uma empresa de segurança do trabalho e ergonomia, e vamos vender não só laudos de segurança do trabalho e ergonômicos, mas uma gestão integrada desses serviços, onde podemos integrar melhoras e potencializar resultados, reforçando medidas de proteção e bem-estar do trabalhador, já que a procura aumentou bastante com a nova legislação trabalhista, que demandou uma melhor gestão, que é o nosso foco”, concluiu Renato.
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