Thiago Kazu reflete sobre a vida durante a pandemia em novo livro intitulado ‘Onde aperta’

O escritor de 29 anos falou sobre a construção do seu segundo livro e dá detalhes do lançamento

Daleth Oliveira
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O escritor paraense Thiago Kazu, 29, vai lançar o segundo livro intitulado “Onde aperta” pela editora Urutau. A pré-venda está sendo feita no site https://benfeitoria.com/projeto/onde e, em entrevista ao Grupo Liberal, o também editor e produtor literário falou sobre o conteúdo deste novo lançamento que foi escrito durante a pandemia de covid-19.

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Ele conta que, além das dificuldades comuns do período como limitação do ir e vir, ele teve problemas com a escrita. O que resultou em poemas curtos, diretos e testemunhais do que estava vivendo.

“O livro nasceu de uma fase em que escrevi muito mais em prosa do que poema. Na verdade, eu achava que tinha pouquíssimos poemas para submeter à chamada aberta da editora Urutau. Mas para minha surpresa, fui encontrando diversos fragmentos, poemas curtíssimos entre um texto e outro. E creio que o evento da pandemia tem muito a ver com essa interferência sobre a minha escrita, um período particularmente marcado pela falta de palavras, já que não conseguia escrever ou escrevia pouquíssimo, tentando muito mais compreender as coisas que aconteciam, do que criar imagens poéticas sobre elas. Então, nos primeiros capítulos do livro, são muitos escritos que tentam pura e simplesmente testemunhar os eventos, mesmo que o evento seja a confusão mental, o medo da morte, o luto”, revela.

O primeiro livro de Kazu, “Meu Corpo nos Teus Grãos”, foi lançado em 2021 reunindo poemas escritos sobre o corpo e a cidade de Belém, onde vive o autor. Sobre a diferença entre uma produção e outra, ele diz: “O meu primeiro livro foi editado e lançado no período ainda pandêmico, mas ele não tinha muito ainda esse caráter, já que reunia muito mais poemas de anos anteriores”.

Ele adianta também que em “Onde aperta”, trata de vivências comuns das pessoas que devem se identificar com os versos. “Creio que amadureci uma coisa que trago desde o primeiro livro que é a presença do cotidiano, acho que uso muito mais uma linguagem mais direta também, lembro que tem um poema em que o começo dele é uma conversa  direta com o leitor”, destaca.

“O livro conta com 75 poemas, a maioria deles usa a forma breve, curta mesmo, que diz muito sobre estilo que a minha poesia é mais conhecida. Como eu exploro essa forma de forma muito mais acentuada nesse livro, também há uma expectativa de como o público pode receber ou entender essa estética”, finaliza.

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