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Novelas são os produtos mais assistidos na Globoplay no Pará

As três tramas mais consumidas no plataforma pelos paraenses tem atores locais trabalhando

Bruna Dias
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Está confirmado: o paraense é noveleiro! Os dados da plataforma Globoplay apontam que no Pará as novelas estão entre os conteúdos mais assistidos no streaming. A trama de 'Todas as Flores', exclusiva da plataforma, é o que os paraenses mais acompanham, seguidos de 'Terra e Paixão', 'Vai na Fé' e 'Chocolate com Pimenta'. O que prova que mesmo com a disponibilidade do conteúdo na TV aberta, os noveleiros ainda acompanham na plataforma.

A facilidade de acompanhar as novelas a qualquer horário e de qualquer lugar por meio de um computador, smartphone e até as televisões, tornam o espectador assíduo. É possível se programar ou não, para assistir às tramas, ou apenas aproveitar o tempo livre para se atualizar.

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"A cultura é dinâmica. Na medida em que novas plataformas vão sendo criadas, a cultura se atualiza e passa a habitar a mente, o corpo e os lares das pessoas. Não tenho a mínima dúvida de que aceitar a mudança é sinal de inteligência e garantia de sobrevivência. As novas linguagens televisivas não são uma negação do que somos, mas a afirmação de nossa capacidade de mudar e cuidar do lugar onde vivemos. Tem sido assim por toda a história humana. Eu fico feliz em ser uma pessoa deste tempo. Nele estão as pegadas de nossos antepassados e as nossas pegadas deixaremos para as próximas gerações", avalia Daniel Munduruku, ator, escritor e professor, que está no ar como o Pajé Juracê, de 'Terra e Paixão'.

"Nosso povo paraense é vidrado em novela porque sabe que uma boa história é capaz de entreter, ensinar, refletir e transformar. Nossa gente paraense curte a tradição oral porque é assim que foi formado e ainda hoje a arte de contar histórias faz parte da educação das pessoas que habitam o interior, as barrancas dos rios, as aldeias, as vilas ribeirinhas. É um povo que cultiva a memória e que se deixa encantar pelos personagens folclóricos dos quais somos formados. A novela é a materialização dessas memórias. O mesmo se pode dizer do povo brasileiro em geral, mas com maior verdade quando falamos do nosso povo paraense", acrescenta Daniel.

Em 'Vai na Fé', o paraense Waldo Piano interpreta o motorista de aplicativo Joel, que faz parte do núcleo evangélico da novela. "É maravilhoso saber que hoje, as portas são infinitas com as novas plataformas, além do que se fazia em TV aberta, os streamings estão criando novas e grandes oportunidades de trabalho tendo esse público fiel não só as novelas, mas as séries, documentários e tudo mais que se está produzindo em massa, dando trabalho ao ator, diretor, equipe técnica e apoio, gerando empregos com a arte. Para mim é um grande presente hoje ter meu trabalho nessas plataformas.

O ator paraense tem outros trabalhos na Globoplay, incluindo a segunda temporada de 'Todas a Flores', que como foi dito é a novela mais assistida no Pará, com o porteiro Adailton do prédio da Zoe, personagem de Regina Casé. Além disso, estreia em julho a série "Vicky e a música" como Cícero. "Agradeço ao público em geral mas, principalmente meu público paraense e nortista que tem sido de um apoio imprescindível nesse momento da minha carreira", pontua.

Mas qual o sucesso para se destacar na grade da televisão aberta e também no streaming? "'Vai na Fé' já era promessa de sucesso por sua fantástica e talentosa autora Rosane Svartman, as personagens e suas situações são o grande atrativo, são reais, você consegue se enxergar ou conhece alguém idêntico a cada uma delas. Consegue se ver nas situações que com certeza já viveu ou viu alguém viver, e o texto nem se fala, é de um cuidado com a característica de cada personagem e núcleo, tornando tudo muito autêntico e consegue trazer o público pra viver junto essa história. E o incrível é que todos os públicos estão representados em faixa etária, religião, sexualidade e classes sociais, com muito respeito e humanidade. O público Infantil, adolescente, adultos e idoso se assiste a esta obra magnífica com a direção maravilhosa de Paulo Silvestrini e super equipe. Sem deixar de destacar os colaboradores de roteiro que trabalham com uma química incrível com a autora, resultando nessa obra prima", avalia Waldo.

O mais interessante de todo esse contexto é saber que os paraenses estão valorizando obras que destacam o ator do Pará também com grande representatividade. Por exemplo Daniel Munduruku é um indígena e Waldo tem construção pessoal dentro da igreja evangélica

"Eu estou muito feliz em saber que meu Pará está ligado em 'Terra e Paixão'. Não apenas porque há paraenses nela atuando, mas também pelo fato de ser uma história bem contada que vai sendo amarrada pelos saberes da tradição. Creio mesmo que nosso povo paraense compreende, como nenhum outro povo, o que significa a sabedoria ancestral uma vez que ele a traz entranhado dentro de si. Sou muito orgulhoso de ser paraense e sei que meu Pará é muito orgulhoso de suas raízes ancestrais", comemora o indígena.

Para Waldo o momento também é de comemoração: " Desde criança sempre fui noveleiro, desde quando nem tínhamos TV em casa devido à situação difícil, sempre fui apaixonado por essa arte e dava um jeito de assistir na casa de vizinho, amigos e parentes, apaixonado pelas personagens, histórias, trilhas sonoras, etc, sempre sonhei com a telinha.O paraense sempre assistiu e vive junto as tramas, dando sempre muita audiência às novelas. E hoje, vendo todo mundo assistindo e celebrando comigo essa vitória de estar nesse sucesso estrondoso que é ‘Vai na fé’, meu sentimento é de muita gratidão a Deus, a minha família e a todos que me ajudaram a chegar ali e continuam ajudando nessa batalha diária que é viver de arte no Brasil. Mas o céu é o limite, persistência tem que ser sempre nosso nome", finaliza.

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