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'Rio que chove' leva graffiti e muralismo aos arredores da Praça Benedito Monteiro, no Guamá

Com intervenções artísticas de 10 artistas paraenses, que residem na periferia de Belém, um corredor cultural será formado. Entre as confirmadas estão: Beatriz Paiva, Mama Quilla e Cely Feliz

Emanuele Corrêa
fonte

Graffiti, muralismo, pinturas variadas estão presentes na intervenção urbana "Rio que chove", que acontece nesta quinta-feira, 29, em três pontos do bairro do Guamá: praça Benedito Monteiro, o "Clipper" e a Biblioteca Comunitária do bairro. A proposta da Psica Produções, é realizar um corredor cultural com intervenções artísticas de 10 artistas paraenses que residem na periferia de Belém. Entre as confirmadas estão: Beatriz Paiva, Mama Quilla e Cely Feliz. O projeto foi contemplado pelo edital "Preamar da Paz", da Secretaria de Cultura do Pará (Secult), com apoio da prefeitura municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel).

Tuyuka Lara, urbanista do projeto e fotógrafo, conta o significado na escolha do nome do projeto e o conceito presente nas intervenções. “Rio que chove” foi escolhido como nome por ser o significado da palavra Guamá, bairro que abriga o corredor cultural. "Foi ideia central no desenvolvimento do conceito do projeto apresentar fortes referências das características do bairro Guamá, inclusive seu nome. Os tipos de intervenção que serão feitas, são na maioria intervenções de muralismo. No entanto, no evento de lançamento do projeto, teremos também a ocorrência de oficinas de grafitti e pintura entre os artistas participantes e a comunidade", destacou.

A praça Benedito Monteiro é o ponto de partida para as intervenções que ocuparão as paredes dos arredores, parada de ônibus e casas dos moradores da comunidade. Além disso, Tuyuka relembra que um dos espaços a receber a intervenção é a "Nossa Biblioteca", que é um espaço de formação de leitores desde 1977 e desempenha um papel central no bairro. "Importante ressaltar que a praça é só um dos três principais pontos a receberem intervenção, dentre eles a parada de ônibus conhecida como Clipper [do Guamá] e a Biblioteca comunitária 'Nossa Biblioteca'. A execução do projeto já está em andamento e no dia 30 serão entregues as intervenções do Clipper e da Biblioteca", ressaltou.

Além das intervenções visuais, outra atividade que será desenvolvida para os moradores é a sessão de acupuntura e a oficina de pintura e muralismo, nas proximidades da biblioteca. De acordo com o urbanista, a intenção é, a partir da oficina, realizar uma ocupação dos espaços urbanos pelos próprios moradores. 

Quem assina o conceito artístico do projeto é a artista visual Lenu, em conjunto com uma equipe. A artista conta que as quatro cores escolhidas no projeto, foram inspiradas nas cores presentes nas pinturas das embarcações tradicionais amazônicas: azul, verde, amarelo e vermelho. Lenu também diz que o vermelho foi alterado para o magenta - rosa pink - para dar uma releitura mais contemporânea. "O nome do projeto veio inspirado no nome do bairro que significa: 'Rio que chove' ou 'Rio que chora'. Fizemos um contato com os moradores, as crianças da biblioteca, para saber quais elementos eles se identificavam e gostariam de ver. A partir dessa consulta, desse diálogo, desenvolvemos o conceito artístico, que busca valorizar os símbolos, a cultura, música, festas populares, a conexão com o bairro e cotidiano, como muitos responderam sobre a feira e a paisagem ribeirinhas. A água presente tanto na chuva, quanto no rio", declarou,

"A ideia, como sugere o nome, é representar uma chuva de ideias que nasce na sede da 'nossa biblioteca' e segue pelo bairro criando o rio que vai 'desaguar' arte e ciência na praça Benedito Monteiro, que terá uma representação do próprio rio Guamá. Nesse percurso o Clipper se encaixa como o ponto de conexão entre o projeto e a cidade como um todo", complementou o urbanista, Tukuya.

O projeto executado pela produtora Psica, conta o urbanista, tem a característica principal valorizar a cultura produzida na periferia. "É a sua origem periférica, onde seus fundadores e grande parte da equipe, como eu, urbanista do projeto, são oriundos da Cidade Nova, na região metropolitana de Belém. A curadoria de artistas prezou muito esses preceitos do projeto e trouxe artistas periféricos que trazem em seu portfólio essa característica", concluiu Tuyuka Lara.

 

Serviço

Rio que chove

Data: 30/06 (quinta-feira)

Hora: a partir das 14h

Entrega da 1ª parte do projeto
Locais que receberão a intervenção: Clipper do Guamá; Nossa Biblioteca e arredores da praça Benedito Monteiro

Oficinas gratuitas: reciclagem de Latinhas de Spray para crianças
Programação: Live Painting (pintura ao vivo) e batalha de Rimas

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Cultura
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